O Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M), usado como referência para reajustes em contratos de aluguel, teve queda de 0,21% na primeira prévia de julho. O resultado ficou abaixo do registrado no mesmo período de junho, quando a variação foi de -0,09%. De acordo com dados divulgados hoje (11) pela Fundação Getulio Vargas (FGV), o indicador acumula alta de 2,92% no ano e, no período dos últimos 12 meses, de 8,25%.

Entre os componentes do IGP-M, o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), que responde por 60% da taxa global, teve deflação de 0,36%. A queda foi menos intensa do que a observada no mês anterior, quando a taxa ficou em -0,53%.

Reverteram a queda do mês anterior os preços dos alimentos in natura (de -3,95% para 0,90%) e dos materiais e componentes para a manufatura (de -0,85% para 0,29%). Entre as matérias-primas brutas, cuja taxa passou de -0,57% para -1,46%, as quedas mais intensas foram observadas em minério de ferro (de 9,38% para -1,58%), soja em grão (de 2,79% para -1,79%) e café em grão (de -1,65% para -5,49%).

Em sentido oposto, foram registrados acréscimos em algodão em caroço (de -17,44% para -3,78%), aves (de -7,54% para -1,04%) e cana-de-açúcar (de -3,81% para -0,54%).

O Índice de Preços ao Consumidor (IPC), que representa 30% do IGP-M, ficou em -0,20% na primeira prévia do mês, com queda um pouco mais intensa do que a do mesmo período de junho (-0,18%).

Cinco das sete classes de despesa componentes do índice registraram decréscimo em suas taxas de variação. A principal contribuição para o movimento partiu do grupo alimentação (de -0,82% para -1,09%), com destaque para laticínios (de 0,98% para -0,60%), hortaliças e legumes (de -3,73% para -4,83%) e carnes bovinas (de -0,06% para -0,78%).

Houve alta menos intensa em habitação (de 0,36% para 0,25%), educação, leitura e recreação (de 0,16% para 0,08%), saúde e cuidados pessoais (de 0,45% para 0,42%) e despesas diversas (de 0,07% para 0,05%).

Por outro lado, registraram aumento em suas taxas de variação os grupos transportes (de -1,11% para -0,36%), com destaque para álcool combustível (de -16,28% para 1,03%), e vestuário (de 0,54% para 0,89%), principalmente calçados (de -0,37% para 1,07%).

Último índice a compor o IGP-M, o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) ficou em 0,66%, com elevação menos intensa do que a de um mês antes, quando a taxa foi de 2,97%. O índice relativo a materiais, equipamentos e serviços passou de 0,45% para 0,39%; já a taxa que representa o custo da mão de obra diminuiu de 5,54% para 0,93%. O INCC responde por 10% do índice global.

Para calcular a primeira prévia do IGP-M de julho, foram coletados preços no período entre os dias 21 e 30 do mês de junho.