A Federação dos Sindicatos dos Metalúrgicos da Central Única dos Trabalhadores de São Paulo deu início hoje (21) à campanha salarial da categoria. A entidade promoveu um ato na Avenida Paulista, em frente à Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), e entregou a pauta de reivindicações a seis sindicatos patronais do setor.

Dentre os pedidos da categoria está o de aumento real do salário. Os trabalhadores querem que as remunerações sejam corrigidas com base no Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) que, nos últimos 12 meses fechados em junho, atingiu 6,79%, além de ganho real. “O aumento real de salário está sempre na pauta”, disse o presidente da federação, Valmir Marques da Silva. “Queremos um ganho acima da inflação para o salário do trabalhador e aumento maior para o piso da categoria.”

“A indústria está em um momento bom. Existe a ameaça dos produtos importados, mas isso é para o futuro. O aumento dos salários tem que vir porque isso é bom para a indústria: gera renda, aumenta consumo e aumenta vendas”, disse Sérgio Nobre, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC.

O diretor de Assuntos Sindicais do Sindicato Nacional da Indústria de Estamparia em Metais (Siniem), José Maria Granço, após receber uma cópia da pauta de reivindicações, disse que não vê muito espaço para negociar aumentos reais de salário. “O primeiro semestre foi muito ruim, este ano a negociação será mais difícil, mas nós vamos conversar”.

A data-base dos metalúrgicos ligados à federação é setembro. Até lá, trabalhadores e empresários esperam chegar a um acordo. A federação representa 215 mil metalúrgicos do estado de São Paulo, vinculados a 14 sindicatos paulistas filiados à Central Única dos Trabalhadores (CUT).