O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) informou hoje (31) que os desembolsos da instituição entre janeiro e setembro deste ano somaram R$ 91,8 bilhões. O resultado é 28% inferior ao valor liberado no mesmo período do ano passado, R$ 128 bilhões.
Segundo relatório divulgado pelo presidente da instituição, Luciano Coutinho, no Rio de Janeiro, o banco “calibrou algumas linhas” e reduziu sua participação máxima nos financiamentos, para acompanhar o comportamento dos indicadores da economia brasileira.
Em relação aos desembolsos no acumulado deste ano até setembro, o setor de infraestrutura, puxado pelas obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), recebeu o maior montante de dinheiro, 41%, o equivalente a R$ 38 bilhões. O de transporte rodoviário ficou com R$ 19,7 bilhões e o de energia elétrica, com R$ 9,7 bilhões.
Para as micros, pequenas e médias empresas, o banco liberou volume recorde de R$ 36,2 bilhões, até setembro. O indicador é 8% maior do que o do mesmo período de 2010
O documento destaca que os desembolsos em 2010 nos nove primeiros meses do ano foram influenciados pela operação de capitalização da Petrobras, de R$ 24,7 bilhões, em setembro, e pelos investimentos no setor elétrico. Tirando a operação da Petrobras, a queda dos desembolsos é 11%.
Neste ano, o BNDES aumentou juros do Programa de Sustentação do Investimento (BNDES PSI), criado para ajudar a enfrentar a crise, o que de acordo com o banco, refletiu-se na redução de desembolsos, consultas e aprovações de financiamentos.