O ministro do Trabalho e Emprego, Carlos Lupi, disse hoje (18), que o número de novos empregos neste ano deverá ficar abaixo dos 2,4 milhões. A expectativa anterior era que fossem criadas 2,8 milhões de vagas. Segundo o ministro, essa reavaliação se deve à crise financeira internacional, que começa a afetar os empregos.

“É uma característica do mercado brasileiro setores de grande produção terem muitos contratos temporários e muita vinculação com previsões e análises macroeconômicas. Com isso, percebe-se claramente que setores como o comércio e a indústria já não contratam tanto preocupados com as encomendas que imaginavam que teriam e não terão”, disse.

Segundo ele, o mês de novembro deverá registrar um saldo de 70 mil ou 80 mil novos empregos, por não ser um mês de fortes contratações. Em outubro, foram criados 126.143 vagas e no acumulado do ano, 2,24 milhões.

Na coletiva para a divulgação dos dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), Lupi evitou falar sobre as denúncias de corrupção em sua pasta. Ele disse apenas que ainda espera chegar ao seu ministério o pedido de informações sobre o convênio com a organização não governamental (ONG) Pró-Cerrado, que tem contrato com a pasta. O requerimento foi assinado ontem (17) por senadores da Comissão de Assuntos Sociais, durante audiência pública com a participação do ministro.

“Estou esperando porque tem uma formalidade a ser obedecida. Como foi uma audiência formal, tenho que esperar chegar a solicitação para poder responder”, disse Lupi.

Ontem (17) foi ao Senado para explicar denúncias de corrupção na sua pasta. A suspeita é que parte do transporte de uma viagem de Lupi ao Maranhão em 2009, em um jatinho, tenha sido paga com recursos desse convênio.