O Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S), medido pelo Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) da Fundação Getulio Vargas (FGV), atingiu alta de 0,46%, na primeira prévia de fevereiro, referente à coleta de preços feita no período de 31 de janeiro a 7 de fevereiro, comparado aos 30 dias anteriores.
Essa variação é o primeiro resultado do novo método de cálculo em torno da coleta de preços feita, tradicionalmente, em sete capitais: Recife, Salvador, Rio de Janeiro, São Paulo, Belo Horizonte, Brasília e Porto alegre. O IPC-S passou a ser calculado com base na Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) de 2008/2009 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e tem oito grupos de despesas, um a mais do que vinha sendo apresentado.
Dos oito grupos pesquisados, o de educação, leitura e recreação foi o que mais subiu, no período, com variação de 2,72%. Essa taxa foi puxada pelo reajuste dos cursos formais (de 8,16% para 5,37%). Em transportes, o índice atingiu 0,46% ante 0,86% refletindo o aumento da tarifa de ônibus urbano (2,47%). No grupo habitação, a taxa passou de 0,33% para 0,27% com destaque para a alta do aluguel em 0,61%.
O grupo alimentação teve variação de 0,24% ante 0,47% e as elevações de preços mais significativas ocorreram nas refeições fora de casa (0,37%). Em saúde e cuidados pessoais, o novo IPC-S atingiu 0,33% ante 0,44% e o que mais pressionou este grupo foi o avanço de preços nos salões de beleza (0,94%). No grupo comunicação, que passou a ser incluído no cálculo, houve alta de 0,38% sob a influência do reajuste da tarifa de telefone residencial (1,16%).
Em despesas diversas, a taxa passou de 0,46% para 0,57% como consequência do aumento na cobrança de serviços dos cartórios (4,93%). No grupo vestuário foi mantido o movimento de queda (de -0,35% para -0,53%).