O Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M), medido pelo Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) da Fundação Getulio Vargas (FGV), teve alta de 0,85%, em abril, praticamente o dobro da taxa registrada em março (0,43%). No acumulado dos últimos 12 meses, o IGP-M alcançou 3,65%, variação utilizada na correção de aluguéis cujos contratos são renovados nesse período.
Todos os três componentes do índice apresentaram aumentos. As altas mais significativas ocorreram no Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), que ficou em 0,97% ante 0,42%, com reflexos dos acréscimos em bens intermediários (de 0,62% para 1,13%) e no índice referente a matérias-primas brutas (de 0,31% para 0,97%).
Entre os itens desse último grupo de despesas, os reajustes mais expressivos ocorreram nos preços da soja em grão (de 7,07% para 11,76%) e do minério de ferro (de 0,57% para 0,79%). Houve ainda redução do ritmo de queda de preços do café em grão (de -9,78% para -6,78%).
Outro componente do IGP-M, o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) passou de 0,37% para 0,83%, com maior influência da elevação do custo da mão de obra (de 0,32% para 1,08%). No subcomponente materiais, equipamentos e serviços, o índice subiu de 0,42% para 0,58%.
Já o Índice de Preços ao Consumidor (IPC), terceiro componente do IGP-M, teve variação de 0,55% ante 0,48%. A alta foi provocada, principalmente, pelo grupo despesas pessoais (de 0,07% para 2,29%), pressionado pelo reajuste dos cigarros ( de 0,00% para 5,72%).
Mais cinco dos oito grupos pesquisados apresentaram acréscimos: saúde e cuidados pessoais (de 0,54% para 0,86%); vestuário (de 0,27% para 1,03%); alimentação (de 0,45% para 0,5%); transportes (de 0,22% para 0,31%) e comunicação (de -0,26% para 0,06%).