O Bradesco (BBDC4) divulgou nesta segunda-feira (22) lucro líquido de R$ 2,949 bilhões no 2º trimestre, alta de 4,09% em relação ao mesmo período do ano passado, quando ganhou R$ 2,833 bi.
No primeiro semestre, o segundo maior banco privado do país acumula ganhos de R$ 5,868 bilhões (alta de 4,30%).
A instituição fechou o trimestre com carteira de crédito de R$ 402,51 bilhões, avanço de 10,3% ante os R$ 364,963 bilhões registrados no mesmo intervalo do ano anterior. Porém, o banco revisou para baixo projeções de crescimento da carteira de crédito este ano.
A inadimplência ficou em 3,7% no segundo trimestre deste ano, com queda de 0,5 ponto percentual em relação ao segundo trimestre de 2012 e 0,3 ponto percentual em comparação ao primeiro trimestre deste ano. As despesas com Provisões para Devedores Duvidosos (PDD) somaram R$ 3,09 bilhões, baixa de 0,5% sobre o primeiro trimestre.
Apesar da queda da inadimplência e também das despesas com provisões para créditos de liquidação duvidosa, o Bradesco teve um lucro pior do que o esperado por analistas em razão da queda na margem financeira total e do crescimento moderado da carteira de crédito.
A margem financeira total caiu 4,1% na comparação com igual período do ano passado, para R$ 10,587 bilhões.
O Bradesco mudou todas as projeções de crescimento para 2013, exceto a estimativa feita para o item “prêmios de seguros”.
A perspectiva de crescimento da carteira de crédito do Bradesco foi alterada para baixo, após a piora da expectativa de crescimento da atividade econômica brasileira. Deve crescer entre 11% e 15% tanto no que se refere a pessoas físicas quanto jurídicas. Em março, na divulgação de resultados do primeiro trimestre, o banco esperava um aumento entre 13% e 17%.
A estimativa de crescimento da margem financeira de juros em 2013 passou para um intervalo entre 4% e 8%. Antes, se situava entre 7% e 11%.
O banco deve buscar compensar o menor crescimento dessas linhas do balanço com uma melhora da prestação de serviços e despesas operacionais. O crescimento do ganho com prestação de serviços deve ficar entre 12% e 16%. Na estimativa anterior, os ganhos com os serviços deveriam crescer entre 9% e 13%.
A perspectiva de avanço das despesas operacionais saiu de 4% a 8% para 2% a 6%.