Ainda que de modo lento, o desemprego deu sinais mais claros em junho que há em curso uma tendência de alta. A taxa subiu para 6%, após ter ficado em 5,8% em maio. Em junho de 2012, o percentual havia sido de 5,9%. Os dados foram divulgados pelo IBGE nesta quarta-feira.

É o patamar mais alto desde abril de 2012.

Os motivos do aumento do desemprego são a freada do consumo e do PIB neste ano, que já se traduzem num desempenho pior do comércio (um dos setores que mais emprega) e em outros ramos de atividade.

 

Segundo o IBGE, a população desocupada (1,5 milhão de pessoas nas seis regiões metropolitanas pesquisadas) também apresentou estabilidade tanto em relação a maio de 2013 quanto a junho de 2012.

Já a população ocupada (23 milhões) também não variou significativamente frente aos meses de maio de 2013 e junho de 2012. O número de trabalhadores com carteira assinada no setor privado (11,5 milhões) ficou estável em relação a maio de 2013 e cresceu 3,2% na comparação com junho do ano passado –ou 359 mil postos de trabalho a mais com carteira assinada.

Entre as atividades, destaca-se queda de 3,3% na indústria, único grupamento que mostrou variação importante de maio para junho.

RENDA

O rendimento médio real dos ocupados (estimado em R$ 1.869,20) não apresentou variação na comparação mensal, mas teve aumentou 0,8% frente a junho de 2012 (R$ 1.854,13).

A massa de rendimento real totalizou R$ 43,4 bilhões e ficou estável em relação a maio, embora tenha crescido 1,5% frente a junho de 2012.

A Pesquisa Mensal de Emprego é realizada nas regiões metropolitanas de Recife, Salvador, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, São Paulo e Porto Alegre.