O ministro da Secretaria de Portos, Cesar Borges, disse, hoje (29), não acreditar que o Tribunal de Contas da União (TCU) vai liberar até o fim deste ano a licitação de arrendamentos de áreas novas e de contratos vencidos no setor. Segundo Borges, quatro blocos aguardam a liberação do TCU há um ano e o único plano alternativo que se poderia propor é repensar o modelo de licitação.
“Já tem um ano analisando o primeiro de quatro blocos. Até hoje, o TCU não decidiu nada e não nos autorizou a fazer a licitação”, disse o ministro. Ele explicou que o primeiro bloco tem áreas em Santos e no Pará.
“Um plano B é repensar o modelo. Não podemos fazer nada ao arrepio do tribunal”, destacou. Borges acrescentou que já foi ao TCU pedir que a análise do processo fosse acelerada.
O ministro disse que o crescimento dos terminais de uso privado, que já são 170, contarão com outros 29 já autorizados pela secretaria. Esses terminais vão gerar um investimento de R$ 10 bilhões nos próximos três ou quatro anos.
Cesar Borges participou da abertura da Conferência da Federação Internacional da Federação Internacional de Consultores de Engenharia. Ele defendeu os investimentos em infraestrutura como alavanca para o crescimento de países emergentes.
O presidente da associação, Mauro Viegas Filho, ressaltou a importância de os investidores se conscientizarem que a qualidade dos projetos são fundamentais para empreendimentos mais sustentáveis e baratos. Viegas Filho disse que o Brasil não tem, na área de consultoria de engenharia, nenhuma empresa entre as 50 maiores companhias do mundo, ao contrário do que ocorre na área de construção pesada e infraestrutura. “Infelizmente, na nossa atividade, que vem antes, não há ainda musculatura suficiente que possa constituir um ponto de mudança de postura em relação ao setor”.
*Colaborou Alana Gandra