Nesta semana, o Governo Federal anunciou que vai aumentar os impostos dos combustíveis. A nova alíquota do PIS Cofins, repassada pela Petrobras, será cobrada a partir de fevereiro. E a Cide, taxa que estava zerada desde 2012, deverá voltar dentro de três meses.
Conforme divulgação, nas refinarias o litro da gasolina deve subir R$ 0,22 e o diesel, R$ 0,15, mas o custo final para o consumidor pode ser ainda maior. Até o momento, os postos de combustíveis de Dracena ainda não reajustaram os preços nas bombas. Alguns deles disseram que até o próximo sábado, 31, os preços irão subir. Durante esta semana, os condutores ainda têm a oportunidade de encherem os tanques de seus veículos antes do aumento. Estima-se que o reajuste fique entre 5% e 7% nas bombas, com impacto na inflação.
Um dos proprietários de posto de combustível – que preferiu não se identificar – informou que o reajuste para o consumidor final poderá ser até maior que o anunciado pela estatal. A maioria dos empresários ainda pronunciou que, apesar do crescimento ter sido divulgado apenas para a gasolina e para o diesel, o preço do etanol também irá subir.
Atualmente, a gasolina no município pode ser encontrada a partir de R$ 2,73, o diesel 2,53 e o etanol a R$ 1,63, sendo um dos mais baratos da região da Nova Alta Paulista. Lembrando que em novembro do ano passado, Dracena tinha o litro do etanol mais barato do Estado, custando R$ 1,38, devido à concorrência altíssima entre os postos de combustíveis na cidade.
EXTERIOR – No início de 2015, o produto está quase 70% mais caro do que no mercado internacional. O diesel custa 53% a mais. Com o anúncio do governo sobre o aumento das alíquotas de tributos sobre combustíveis, o consumidor vai ter que pagar mais caro, mesmo com o preço do barril em queda lá fora.
Segundo o Diretor do Centro Brasileiro de Infraestrutura, o governo brasileiro represou os preços enquanto o valor do barril disparava no mercado externo. E agora não consegue acompanhar a redução da cotação estrangeira porque a Petrobras tenta recuperar o que perdeu nos últimos anos.
O especialista em energia Rafael Schechtman estima que o prejuízo da empresa foi de R$ 13 bilhões por vender gasolina mais barata do que no exterior. E calcula que a empresa precisará de seis meses para reequilibrar as contas. Segundo Rafael, outro fator pesa no custo. Metade do preço da gasolina no Brasil é de carga tributária. Nos Estados Unidos, o imposto é de 15%. Na Europa, 65%. Mas mesmo com a carga pesada de impostos, o combustível europeu consegue sair mais barato do que o brasileiro. A diferença é que lá o valor da gasolina acompanha o preço do barril no exterior. (Com informações do Bom dia Brasil).