A indústria da construção teve, em fevereiro, o menor nível de atividade nos últimos cinco anos, revelou hoje (23) a Confederação Nacional da Indústria (CNI). O indicador de atividade do setor atingiu 33,2 pontos no mês passado, queda de 11,7 pontos em relação a fevereiro de 2014.

De acordo com a CNI, o indicador aponta retração acentuada na indústria da construção. Os valores da pesquisa variam de 0 a 100 pontos. Quando ficam abaixo dos 50 pontos, revelam queda na atividade e no emprego. Quanto mais distante da linha divisória, maior a queda.

O indicador do número de empregados encerrou o mês passado em 36,4 pontos, com recuo de 10,1 pontos em relação a fevereiro de 2014, no índice mais baixo desde janeiro de 2011. Segundo a CNI, o desaquecimento está cada vez mais intenso e disseminado em todos os setores da indústria da construção e em empresas de todo porte. A utilização da capacidade instalada ficou em 60%, nove pontos percentuais a menos que em fevereiro de 2014.

A expectativa para os próximos meses continua negativa. Todos os indicadores para os próximos seis meses ficaram abaixo de 50 pontos, linha que separa o otimismo do pessimismo. O indicador de nível de atividade, que mede a intenção de ampliar a produção, chegou a 42,3 pontos.

O índice de novos serviços e empreendimentos caiu para 42 pontos. O indicador de número de empregados caiu para 41,7 pontos. O índice de intenção de investimento caiu pelo sexto mês seguido, alcançando 34,6 pontos, o menor dos últimos dois anos.

A pesquisa foi realizada entre 2 e 11 de março com 600 empresas. Desse total, 191 são de pequeno porte, 267 médias e 142 grandes.