Os preços das frutas, dos legumes e dos pescados praticados pelos atacadistas da Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais do Estado de São Paulo (Ceagesp), perderam força, em março último. O Índice de preços da Ceagesp fechou o mês com variação de 2,32%.
Essa taxa ficou abaixo da taxa registrada em fevereiro, quando houve alta de 4,27%. Em janeiro, o índice ficou em 1,1%. No acumulado do trimestre, há uma elevação de 4,71% e, nos últimos 12 meses, o índice registra queda de 0,84%. O índice é calculado desde 2009 com base na variação de preços de 150 itens.
Em média, ocorreu queda de 3,18% no setor de frutas, puxada, principalmente, pelos seguintes itens: kiwi (-22,6%), caju (-17,7%), maçã nacional (-14,3%), abacaxi havaí (-11,3%) e coco verde (-10,2%). Em sentido contrário, foram registradas altas nos seguintes produtos: mamão havaí (58,1%), uva niagara (22,6%), mamão formosa (20,6%)) e manga tommy (14,55).
Em relação aos legumes, os preços tiveram recuo mais expressivo de 8,84%. Entre os itens que variaram negativamente destaque para chuchu (-58,9%), abobrinha italiana (-19,6%), vagem (-18,6%), quiabo (-18,1%), abobrinha brasileira (-17%) e jiló (-14,4%). As principais altas foram: pimentão amarelo (20,1%), pimentão vermelho (21,2%), tomate cereja (18%), batata doce rosada (8,6%) e abóbora japonesa (7,7%).
Já as verduras ficaram 3,44% mais caras e as principais altas foram: couve (21,5%), espinafre (12%), alho poró (11,5%), agrião (10,1%) e alface lisa (9,9%). No mesmo período caíram os preços dos seguintes produtos: coentro (-50,1%), acelga (-18,7%), salsa (-17,6%), repolho (-10,9%) e chicória (-8%).
O setor diversos registrou alta de 2,11%. Entre os itens estão cebola (37,8%), alho (10,9%) e ovos brancos (5,2%). Em movimento oposto caíram os preços da batata comum (-11,5%), batata lisa (-11,2%), coco seco (-8,4%) e canjica (-5,8%).
O custo dos pescados subiu 4,42% mais com destaque para a corvina (23,7%), tilápia (20,3%), tainha (17,4%) e salmão (10,35). As principais quedas foram do polvo (-7,7%), pescada (-6,3%) e espada (-4,8%).
A Ceagesp observou que quando há diminuição das chuvas, característica da atual estação, o outono, a oferta dos produtos hortifrutigranjeiros tende a aumentar e, consequentemente, força a redução dos preços entre abril e maio. Como foi descartada a ameaça de rodízio de água, “os produtores, principalmente do Alto Tietê, deverão investir normalmente na produção de hortaliças”, diz o comunicado da companhia.