O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, disse hoje, durante audiência na Câmara dos Deputados, que acredita que o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) não acabará. “Eu acredito que os recursos do Fies este ano não diminuirão, serão [no mínimo] os mesmos do ano passado”, acrescentou.
Levy defendeu que, por envolver recursos públicos, o programa precisa se submeter a regras de qualidade. “Acho que nenhum estudante se surpreende quanto às exigências e sobre as normas pois trata-se de dinheiro público. Não pode ter zero em português, por exemplo, para ter direito ao programa”, disse.
Outro motivo, segundo ele, para o governo ter feito mudanças no programa, é que o governo constatou que o número de alunos nas faculdades privadas não aumentou. No entanto, cresceu o número de bolsistas.
No fim de março, o governo anunciou a seguinte mudança nas regras para melhorar o programa: o estudante que tiver média inferior a 450 pontos nas provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) não poderá se inscrever para uma bolsa do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies). Além da média mínima, o candidato não pode ter nota zero na redação. As inscrições ao programa terminam amanhã (30).
Em fevereiro, foram abertas as inscrições para novas adesões ao Fies, mas sem a obrigatoriedade da nota mínima. Era preciso apenas ter feito o Enem para solicitar o financiamento. Não estão sujeitos a essa regra os professores do quadro permanente da rede pública matriculados em cursos de licenciatura, normal superior ou pedagogia.