O período difícil que atravessa o País na economia, está refletindo no comércio de Dracena, onde o número de demissões praticamente dobrou nos últimos meses, conforme informa o Sindicato dos Empregados do Comércio de Dracena.
Segundo o presidente do Sindicato, Sérgio Manoel, o aumento nas demissões no comércio começou ainda no ano passado, no mês de setembro e continua até hoje. “Está sendo um ano complicado para o setor, as dispensas abrangem as empresas de forma geral, inclusive supermercados, assim como vem ocorrendo nos demais setores da economia, na construção civil, na indústria que também sofrem o impacto de aumento de tarifas da energia elétrica e no transporte, entre outros fatores”, informa Manoel.
Dados do Sindicato indicam que o comércio local possuía aproximadamente 3,5 mil trabalhadores, enquanto a média de demissões até setembro era de 20 a 40 por mês. “Esse quantidade subiu para 40 a 60 desligamentos por mês”, ressalta o presidente.
Ele acrescenta que esse número pode ser até mais elevado porque os desligamentos de funcionários que não completaram um ano de registro não passam pelo Sindicato que efetiva as homologações das exonerações no comércio.
Manoel explica ainda que apesar de em 2014 as contratações terem sido menores comparadas ao ano anterior, em 2015, está ocorrendo o inverso, com mais demissões. “Apesar de estarmos vivendo uma forte crise, o empresário deve usar a criatividade, fazer promoções para atrair os clientes para enfrentar as dificuldades nesse momento”, analisa o presidente do Sindicato.
Ele cita também as dificuldades para os reajustes salariais da categoria e critica medidas de Brasília, como a aprovação na quarta-feira, 20, pela Comissão de Constituição e Justiça do Senado, do aumento de 78% para os servidores do Judiciário.
IBGE – Ontem, 21, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgou a pesquisa da taxa de desocupação (desemprego) no mês de abril, estimada em 6,4% nas seis principais regiões metropolitanas do País, acima do mês de março, que foi de 6,2%.
Em comparação a abril de 2014, a taxa de desemprego neste ano, subiu 1,5%, passando de 4,9% para 6,4%. A população desocupada (1,6 milhão de pessoas) em março e abril deste ano, segundo a pesquisa, não apresentou variação nas seis regiões pesquisadas, mas comparando com abril de 2014, o quadro muda, aumentando neste ano, em 32% o número de desempregados (mais de 384 mil pessoas).
O rendimento médio real do trabalhador, segundo o IBGE, também caiu em relação a 2014. Estimado em R$ 2.138,50 em abril deste ano, ficou 0,5% abaixo de março (R$ 2.148,71) e 2,9% inferior a de abril de 2014 (R$ 2.202,08).