A inflação do mês de junho, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (IPCA), ficou em 0,79%, acima da taxa de 0,74%, registrada em maio. Com este índice, o primeiro semestre encerra com inflação acumulada em 6,17%, bem acima dos 3,75% do primeiro semestre de 2014.
Em um dos grupos pesquisados, de saúde e cuidados pessoais, a alta nos preços em junho, foi de 0,91%, sob influência, segundo os dados do IPCA, divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), dos remédios que ficaram 0,64% mais caros no mês, acumulando 6,03% de reajuste neste ano.
O aumento é reflexo da aplicação dos reajustes de 5%, 6,35% ou 7,70%, conforme o nível de concentração no mercado, em vigor desde o dia 31 de março. 
Já no item de alimentos e bebidas, a variação foi de 0,63% e a cebola teve o maior aumento, 23,78%, acumulando alta de 148,13% no ano. A carne teve reajuste de 0,64%, o macarrão, 1,65%, o frango inteiro, 1,02% e o lanche fora subiu 0,89%.
O tomate que foi um dos principais vilões da inflação nos meses anteriores, teve queda de 12,27% em junho, mesmo assim, acumula alta de 58,28% neste ano. O preço da cenoura também caiu no mês passado, 10,78% e mesmo assim, acumula alta de 32,33% em 2015.
Apesar de estes itens terem influenciado na inflação em junho, os maiores impactos foram causados pelo grupo de despesas pessoais, principalmente os jogos, com variação de 30,80%, reflexo dos reajustes nos preços das apostas, vigentes a partir de 18 de maio.
Para cálculo do índice da inflação de junho, o IPCA comparou os preços coletados de 28 de maio a 29 de junho. O índice acumulado no ano chega a 6,17% e nos últimos 12 meses, 8,89%.
MEDICAMENTOS – O presidente da Associação dos Proprietários de Farmácias e Drogarias (APFDD), Danilo do Val Lapenta informou que os reajustes nos medicamentos ocorrem uma vez por ano e são determinados pela Câmara de Medicamentos (Camed), órgão vinculado à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), no índice que varia de 3,8% a 8%.
Os índices de aumento são maiores nos remédios de maior comercialização e menores nos denominados exclusivos que têm vendas menores. Lapenta informou ainda que o aumento no Imposto de Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), no estado de São Paulo, é outro fator que refletiu no aumento dos preços dos medicamentos.
Lapenta concluiu informando que houve aumento significativo em produtos de higiene pessoal, casos de desodorante, perfumes, condicionadores e produtos de maquiagem. “A alta foi de 11% a 25%”, explica.