O dólar avança frente ao real nesta segunda-feira (21), aproximando-se dos R$ 4. Às 13h40, o dólar subia 0,64%, a R$ 3,9839 na venda.
Em outubro de 2002, a moeda atingiu seus recordes intradia e de fechamento, de R$ 4 e R$ 3,99, respectivamente, segundo a Reuters.
Essa forte valorização do dólar comercial reflete na cotação nas casas de câmbio, que vendem o dólar turismo, valor que é sempre maior que o divulgado no câmbio comercial.
O G1 pesquisou o preço para o valor do dólar em quatro casas de câmbio na tarde desta sexta.
A cotação chega a R$ 4,47 no cartão pré-pago (já inclusos os 6,38% de IOF) na Confidence Câmbio. Em espécie, a moeda sai por R$ 4,27. Na Cotação, o valor para cada dólar em espécie era de R$ 4,25 e no cartão pré-pago, de R$ 4,46, também já com o IOF incluso. Na Vips Turismo, os valores eram de R$ 4,15 e R$ 4,39, respectivamente. Na Cotação, de R$ 4,25 mais IOF, em espécie, e R$ 4,40, mais IOF, no cartão. Na Get Money, a moeda valia R$ 4,18 (espécie, com IOF) e R$ (4,41).
Veja abaixo perguntas e respostas com dicas para quem está com viagem marcada e precisa comprar dólares:
![Por que o dólar de turismo é mais caro? (Foto: G1) Por que o dólar de turismo é mais caro? (Foto: G1)](https://s2.glbimg.com/aiPoV0KetAoMQ0DEyhQf3rIRWaA=/s.glbimg.com/jo/g1/f/original/2015/09/02/por_que_o_dolar_de_turismo_e_mais_caro.jpg)
O dólar de turismo, também usado por consumidores para comprar algo no exterior ou mesmo quando importam produtos de outros países, é mais caro que o dólar comercial – usado pelas empresas e bancos para as outras transações realizadas no mercado de câmbio, como exportação, importação e transferências financeiras.
O preço pago pelo dólar leva em consideração os custos administrativos e financeiros. Segundo o Banco Central, a taxa de câmbio pode variar de acordo com a natureza da operação, da forma de entrega da moeda estrangeira e de outros componentes tais como valor da operação, cliente, prazo de liquidação etc. Como os consumidores compram volumes menores que as empresas e outros bancos, esses custos tendem a ser maiores.
![Minha viagem está chegando e ainda não comprei nenhum dólar. Espero baixar? (Foto: G1) Minha viagem está chegando e ainda não comprei nenhum dólar. Espero baixar? (Foto: G1)](https://s2.glbimg.com/7mB6xk5TWe6MlA9hZ-jHodS2fOs=/s.glbimg.com/jo/g1/f/original/2015/09/02/minha_viagem_esta_chegando_e_ainda_nao_comprei_nenhum_dolar.jpg)
![Minha viagem está chegando e ainda não comprei nenhum dólar. Espero baixar? (Foto: G1) Minha viagem está chegando e ainda não comprei nenhum dólar. Espero baixar? (Foto: G1)](https://s2.glbimg.com/7mB6xk5TWe6MlA9hZ-jHodS2fOs=/s.glbimg.com/jo/g1/f/original/2015/09/02/minha_viagem_esta_chegando_e_ainda_nao_comprei_nenhum_dolar.jpg)
A dica do professor de finanças Alexandre Cabral é não esperar, e sim fazer um “preço médio” dessa compra.
“A dica nesse momento de crise é ‘parcelar’. Por exemplo: se a pessoa vai viajar em janeiro, até lá temos 5 meses. Vamos supor que nesses 5 meses ela receba 4 salários. Então, divida a possível compra em 4. Se precisa de US$ 10 mil em janeiro, compre US$ 2,5 mil a cada salário recebido.”
Segundo o professor, adiar a compra esperando quedas diárias pode ser arriscado, “porque nada impede que hoje seja a mínima dos próximos dias”.
![Devo comprar sempre na mesma corretora ou casa de câmbio? (Foto: G1) Devo comprar sempre na mesma corretora ou casa de câmbio? (Foto: G1)](https://s2.glbimg.com/jozrI49OXUJfb8HlqR3_y8Fjmio=/s.glbimg.com/jo/g1/f/original/2015/09/02/devo_comprar_sempre_na_mesma_corretora_ou_casa_de_cambio.jpg)
![Devo comprar sempre na mesma corretora ou casa de câmbio? (Foto: G1) Devo comprar sempre na mesma corretora ou casa de câmbio? (Foto: G1)](https://s2.glbimg.com/jozrI49OXUJfb8HlqR3_y8Fjmio=/s.glbimg.com/jo/g1/f/original/2015/09/02/devo_comprar_sempre_na_mesma_corretora_ou_casa_de_cambio.jpg)
Não necessariamente. Cabral aponta que, em momentos de “mercado nervoso” como vem acontecendo nos últimos dias, a diferença de preços entre uma corretora e outra costuma ser maior. Então, ele explica que vale a pena fazer uma pesquisa de preço antes de cada compra de moeda.
![Qual escolher: dinheiro em espécie ou cartão pré-pago? (Foto: G1) Qual escolher: dinheiro em espécie ou cartão pré-pago? (Foto: G1)](https://s2.glbimg.com/BgkLIiay5uIqH_0FVEUkV27_rtI=/s.glbimg.com/jo/g1/f/original/2015/09/02/qual_escolher_dinheiro_em_especie_ou_cartao_pre-pago.jpg)
![Qual escolher: dinheiro em espécie ou cartão pré-pago? (Foto: G1) Qual escolher: dinheiro em espécie ou cartão pré-pago? (Foto: G1)](https://s2.glbimg.com/BgkLIiay5uIqH_0FVEUkV27_rtI=/s.glbimg.com/jo/g1/f/original/2015/09/02/qual_escolher_dinheiro_em_especie_ou_cartao_pre-pago.jpg)
A vantagem do cartão pré-pago é que o turista não precisa carregar muito dinheiro vivo. “Ele facilita sua vida”, diz Cabral. Porém, com o IOF, o preço de cada dólar depositado no cartão sobe em relação ao dinheiro em espécie.
Se for para fugir de grandes diferenças de preço, o professor aponta que levar dinheiro vivo pode ser mais vantajoso, especialmente em casos de viagens mais curtas. “Se puder levar espécie, com essa diferença de preço, leve. Se é uma viagem de férias de dez dias, não tem problema nenhum (levar em espécie). Agora, se vai ficar um mês ou dois, é outra história.”
![Usar o cartão de crédito internacional em viagens é uma boa opção? (Foto: G1) Usar o cartão de crédito internacional em viagens é uma boa opção? (Foto: G1)](https://s2.glbimg.com/SSPwqVtkUjYZ9Td8bl_KSmZkBHM=/s.glbimg.com/jo/g1/f/original/2015/09/02/usar_o_cartao_de_credito_internacional_em_viagens_e_uma_boa_opcao.jpg)
![Usar o cartão de crédito internacional em viagens é uma boa opção? (Foto: G1) Usar o cartão de crédito internacional em viagens é uma boa opção? (Foto: G1)](https://s2.glbimg.com/SSPwqVtkUjYZ9Td8bl_KSmZkBHM=/s.glbimg.com/jo/g1/f/original/2015/09/02/usar_o_cartao_de_credito_internacional_em_viagens_e_uma_boa_opcao.jpg)
O consumidor que compra em dólar com cartão de crédito fica sujeito à cotação do dólar no dia do pagamento da fatura, e não no momento da compra. O valor da fatura é emitido de acordo com o câmbio no dia do seu fechamento. Se o cliente faz o pagamento em uma data diferente, ainda dentro do prazo de vencimento, está sujeito ao preço do dólar naquele dia.
Por isso, Cabral alerta que “o cartão de crédito é a opção mais perigosa de todas”, e deve ser usado somente se a situação for uma “emergência”. “Você vai viajar em janeiro e pagar com o dólar de fevereiro. É aquela história: você prefere morar com a sogra ou viajar para os EUA agora e comprar com o dólar de outubro?”, brinca o professor.
Ele acrescenta que o controle de gastos também pode ficar mais frágil com o cartão. “A pessoa fica cega, vai comprando algo de US$ 10 aqui, de US$ 20 ali e, quando vai ver está com uma dívida monstruosa.”
![Fiz compras com o cartão de crédito em dólar (Foto: G1) Fiz compras com o cartão de crédito em dólar (Foto: G1)](https://s2.glbimg.com/HIetu42GKvOeb9ZJwa0rZw6Kapw=/s.glbimg.com/jo/g1/f/original/2015/09/02/fiz_compras_com_o_cartao_de_credito_em_dolar.jpg)
![Fiz compras com o cartão de crédito em dólar (Foto: G1) Fiz compras com o cartão de crédito em dólar (Foto: G1)](https://s2.glbimg.com/HIetu42GKvOeb9ZJwa0rZw6Kapw=/s.glbimg.com/jo/g1/f/original/2015/09/02/fiz_compras_com_o_cartao_de_credito_em_dolar.jpg)
Cabral não recomenda que o consumidor faça isso. “Não parcele. Se parcelar, além de ter a emoção do dólar, tem o custo do cartão. A dívida vai ficar absurdamente cara”, alerta.