O preço do feijão, um dos mais importantes produtos da cozinha brasileira, está assustando o consumidor na hora das compras. Em Dracena, o quilo da variedade carioca, o mais consumido já passa dos R$ 12.
Levantamento da reportagem nos supermercados de Dracena indica que o quilo do “carioquinha”, como é popularmente conhecido, está custando na faixa de R$ 12,49 a R$ 12,89 o quilo, dependendo a marca. Preços que eram em média, R$ 8 ou pouco mais.
Já o feijão preto, que se tornou uma opção mais econômica para as donas de casa, é encontrado na faixa de R$ 3,29 a R$ 7,30.
Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o preço do feijão carioca subiu 7,61% em maio e tem alta acumulada de 33,49% neste ano e 41,62% nos últimos 12 meses. O feijão mulatinho subiu 9,85% em maio, 37,44% neste ano e 48,79% nos últimos 12 meses.
Fatores climáticos, como chuvas fora de época nos últimos meses atrapalharam a safra e reduziram a oferta do feijão para o comércio em São Paulo e outros demais estados produtores, como o Paraná.
Segundo o site Notícias Agrícolas, a saca de 60 quilos do feijão carioca estava cotada ontem, 28, entre R$ 540 e R$ 560, alta de 1,8% comparado ao dia anterior. Já a saca do feijão preto, também de 60 quilos era cotada em R$ 270.
MINISTÉRIO DA AGRICULTURA – Na quarta-feira passada, 22, o presidente da República em exercício, Michel Temer, requisitou ao ministro da Agricultura, Blairo Maggi, a liberação de importação de feijão, sem impostos de países dentro e fora do Mercosul.
Maggi explicou que já não há tarifa para importação de feijão de países do Mercosul (como Argentina, Paraguai e Bolívia), mas que ela existe (10% de alíquota) para outros países, como México e China, e está sendo retirada pelo governo. Até então, o Brasil não aceitava a importação de feijão mexicano e para mudar isso deverá rever a assinatura de um acordo sanitário.
A justificativa do governo é que a retirada do imposto de importação barateia o produto importado e facilita a chegada dele ao Brasil e a expectativa é que, com mais oferta no mercado, o preço do feijão caia. A medida valerá por um período de 90 dias.
Atualmente, o país exporta feijão preto da Argentina e da China, mas se mantém como maior produtor de feijão do mundo com média anual de 3,5 milhões de toneladas.