No primeiro semestre de 2016, Marília foi a única região paulista com saldo positivo nas vendas do varejo frente ao mesmo período de 2015. O aumento foi de 1,3%. O segundo melhor desempenho foi o da região de Araçatuba (-0,3%). Na contramão, os piores resultados foram nas regiões de Osasco (-12,7%) e do Alto Tietê (-8,3%). Já no Estado de SP, as vendas caíram 6,4%. Os dados são do Boletim n.26 da pesquisa ACVarejo, da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), e se referem ao volume de vendas do varejo ampliado, o qual inclui automóveis e material de construção.

Para o presidente da ACI de Marília, Libânio Victor Nunes de Oliveira, as recentes campanhas promovidas pela entidade contribuíram para o desempenho do comércio. “O resultado indica que estamos no caminho certo e que há sinais de que as vendas estão acontecendo. Somente assim vamos sair deste clima ruim para a economia em geral”, diz.

Junho

Nenhuma região do Estado de São Paulo registrou aumento no volume de vendas do varejo ampliado em junho, na comparação com o mesmo período de 2015. As regiões do Vale do Paraíba (-4,7%) e de Jundiaí (-4,9%) apresentaram as menores retrações. Já os piores resultados foram nas regiões de Osasco (-16,8%) e do Litoral (-14,7%). No Estado de SP, a queda foi de 10,5%.

“Os dados do primeiro semestre do ano continuam a refletir a aguda crise que atinge o varejo paulista, relativamente mais intensa do que no resto do Brasil, devido ao enfraquecimento da indústria. Contudo, o arrefecimento das quedas dos volumes vendidos pode indicar que começa a ter início modesta recuperação, porém ainda no campo ainda negativo”, analisa Alencar Burti, presidente da ACSP e da Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp). Ele pondera que, mesmo assim, as contrações atingem todas as regiões paulistas e segmentos, até mesmo aqueles vinculados ao consumo mais essencial, como supermercados e farmácias.

Setores

Em junho houve contrações no volume de vendas dos nove segmentos analisados no varejo ampliado do Estado, sendo que as mais acentuadas foram de lojas de móveis e decorações (-22,6%), concessionárias de veículos (-22%) e lojas de material de construção (-15,2%). “A crise do varejo paulista, assim como a que aflige todo o País, se explica pelas quedas da renda, do crédito e do emprego, mantendo a confiança do consumidor em níveis reduzidos e diminuindo a disposição para comprar”, avalia Alencar Burti.