O corte de 0,75 ponto percentual na taxa básica de juros (Selic) anunciada pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central quarta-feira, 11, permanecendo  agora em 13% ao ano tem como objetivo impulsionar o consumo.  

A análise é do educador e terapeuta financeiro, autor do livro, Terapia Financeira”, Reinaldo Domingos. “Os preços podem cair, pois, os juros embutidos nos produtos serão menores”, diz.

Explica que a redução da Selic deve refletir na queda dos juros nas tomadas de empréstimos e parcelamentos também. “Ou seja, com essa decisão ocorre um claro sinal de que se busca motivar a população a voltar às comprar. Até pelo fato de que a decisão tem impacto negativo para muitos investimentos”, aponta.

Ao mesmo tempo, Domingos alerta que a queda da Selic, “mesmo sendo uma sinalização de incentivo ao consumo, é preciso ter cautela, pois o cenário ainda não é dos melhores. Assim, o consumo deve ser focado nas reais necessidades e objetivos, acabou a era da festa dos gastos”, reforça.

“A queda da taxa básica pode ser uma boa novidade, dependendo da situação de cada um, mas, ainda assim, demanda cuidado e conhecimento. A recomendação no momento é pensar duas vezes antes de comprar, parcelar com juros ou adquirir empréstimos”, orienta.

REFLEXOS – A reportagem do JR ouviu ontem, 12, em Dracena, representantes de dois importantes setores da economia no País, os supermercados, na venda de alimentos e farmácias, na comercialização de medicamentos.

Ambos, alimentos e remédios tiveram influência no índice da inflação de 2016, que fechou o ano em 6,64% (IPCA). De acordo como o representante do setor de supermercados, Durval Troiano, o resultado nas vendas não ocorre de imediato.

“Deve ter algum reflexo a partir dos próximos dois meses, mas deve ser pequeno (a redução), algo que o consumidor acaba não percebendo”, avalia, referindo-se à redução dos juros que ainda mantém-se alto.

Na análise do empresário, a redução da taxa Selic vai beneficiar diretamente quem utiliza cartão de crédito e faz financiamentos bancários, uma vez que os juros serão menores. “O valor a menos que esses consumidores deixarão de pagar no cartão, poderá ser investido, por exemplo, na compra dos alimentos”, avalia.

Troiano também ressalta que os preços dos alimentos são determinados pela lei da oferta e procura. Casos de produtos de origem da agricultura, pecuária, fruticultura e hortaliças, entre outros.

REMÉDIOS – O proprietário de uma das farmácias de Dracena, Gustavo Peron Martins, informa que poderá haver a redução de alguns tipos de remédios, não de todos. “Não é uma regra, haver diminuição nos preços de todos medicamentos”, explica.

Peron informa que já houve uma queda considerável nos preços de alguns remédios que provavelmente está relacionada à taxa da Selic que já vinha sendo reduzida pelo Banco Central.

Ele cita o exemplo de um medicamento que custava R$ 116 e passou para R$ 86 (R$ 30 a menos) há cerca de dois meses e que essa mudança pode sim estar vinculada à queda de juros. Salienta que a matéria-prima para a fabricação dos remédios pelos laboratórios é importada o que também reflete nos custos dos medicamentos.

Outro fator importante apontado por Martins é que os reajustes dos remédios são feitos uma vez por ano, entre março e abril e a lista de preços dos remédios é controlada pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED), vinculada à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Para ter uma precisão dos novos valores a serem aplicados nos remédios ao consumidor, vai depender a publicação da CMED. “Vamos verificar isso no dia a dia”, completou Martins.  

O corte de 0,75 ponto percentual na taxa básica de juros (Selic) anunciada pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central quarta-feira, 11, permanecendo  agora em 13% ao ano tem como objetivo impulsionar o consumo.  A análise é do educador e terapeuta financeiro, autor do livro, “Terapia Financeira”, Reinaldo Domingos. “Os preços podem cair, pois, os juros embutidos nos produtos serão menores”, diz. Explica que a redução da Selic deve refletir na queda dos juros nas tomadas de empréstimos e parcelamentos também. “Ou seja, com essa decisão ocorre um claro sinal de que se busca motivar a população a voltar às comprar. Até pelo fato de que a decisão tem impacto negativo para muitos investimentos”, aponta.Ao mesmo tempo, Domingos alerta que a queda da Selic, “mesmo sendo uma sinalização de incentivo ao consumo, é preciso ter cautela, pois o cenário ainda não é dos melhores. Assim, o consumo deve ser focado nas reais necessidades e objetivos, acabou a era da festa dos gastos”, reforça.“A queda da taxa básica pode ser uma boa novidade, dependendo da situação de cada um, mas, ainda assim, demanda cuidado e conhecimento. A recomendação no momento é pensar duas vezes antes de comprar, parcelar com juros ou adquirir empréstimos”, orienta.REFLEXOS – A reportagem do JR ouviu ontem, 12, em Dracena, representantes de dois importantes setores da economia no País, os supermercados, na venda de alimentos e farmácias, na comercialização de medicamentos. Ambos, alimentos e remédios tiveram influência no índice da inflação de 2016, que fechou o ano em 6,64% (IPCA). De acordo como o representante do setor de supermercados, Durval Troiano, o resultado nas vendas não ocorre de imediato.“Deve ter algum reflexo a partir dos próximos dois meses, mas deve ser pequeno (a redução), algo que o consumidor acaba não percebendo”, avalia, referindo-se à redução dos juros que ainda mantém-se alto.Na análise do empresário, a redução da taxa Selic vai beneficiar diretamente quem utiliza cartão de crédito e faz financiamentos bancários, uma vez que os juros serão menores. “O valor a menos que esses consumidores deixarão de pagar no cartão, poderá ser investido, por exemplo, na compra dos alimentos”, avalia.Troiano também ressalta que os preços dos alimentos são determinados pela lei da oferta e procura. Casos de produtos de origem da agricultura, pecuária, fruticultura e hortaliças, entre outros.REMÉDIOS – O proprietário de uma das farmácias de Dracena, Gustavo Peron Martins, informa que poderá haver a redução de alguns tipos de remédios, não de todos. “Não é uma regra, haver diminuição nos preços de todos medicamentos”, explica.Peron informa que já houve uma queda considerável nos preços de alguns remédios que provavelmente está relacionada à taxa da Selic que já vinha sendo reduzida pelo Banco Central.Ele cita o exemplo de um medicamento que custava R$ 116 e passou para R$ 86 (R$ 30 a menos) há cerca de dois meses e que essa mudança pode sim estar vinculada à queda de juros. Salienta que a matéria-prima para a fabricação dos remédios pelos laboratórios é importada o que também reflete nos custos dos medicamentos.Outro fator importante apontado por Martins é que os reajustes dos remédios são feitos uma vez por ano, entre março e abril e a lista de preços dos remédios é controlada pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED), vinculada à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).Para ter uma precisão dos novos valores a serem aplicados nos remédios ao consumidor, vai depender a publicação da CMED. “Vamos verificar isso no dia a dia”, completou Martins.