Após várias semanas com o preço estabilizado o quilo do feijão carioca, o mais utilizado na mesa dos brasileiros, voltou a registrar alta nos últimos dias, conforme indicam os supermercados de Dracena.
O preço do quilo ainda pode ser encontrado em supermercados para o consumidor a uma média de R$ 3,69 a R$ 3,99, mas este preço já está sendo reajustado para R$ 4,49 e a tendência, segundo empresários do setor é atingir até cerca de R$ 4,90.
Segundo o proprietário de um dos supermercados de Dracena, Jefferson Pessoa, que acompanha diariamente a cotação do feijão da Bolsa de Cereais de São Paulo, até o período do carnaval, na semana passada, o preço do feijão no atacado mantinha-se estável, mas desde última quarta-feira, 1º, a saca de 60 quilos subiu até 20%.
A cotação da Bolsa, conforme explica Pessoa, é o que fixa o preço do produto no varejo. “Esse aumento já está sendo repassado e provavelmente até fim da semana, o consumidor vai sentir a alta no quilo do feijão carioca nos supermercados que deve passar para R$ 4,80 a R$ 4,90 ”, avalia.
Pessoa observa que o feijão é produzido o ano todo no país, mas nessa época é restrito a algumas regiões, o que limita a oferta de compra, refletindo no aumento do preço.
O empresário acredita que essa alta deve-se ao crescimento na demanda, mas a tendência com o retorno da produção, é o preço voltar a se estabilizar. “Apesar que se houver alguma redução para o consumidor será pequena”, explica.
Em outro supermercado de Dracena, o preço de compra do quilo do feijão carioca passou de R$ 3,30 para R$ 3,70 na última segunda-feira, 6. Para o consumidor o valor foi reajustado de R$ 4,29 para R$ 4,49 o quilo.
Na Bolsa de Cereais de São Paulo, a saca de 60 quilos do produto no atacado estava cotada na segunda-feira, 6, a R$ 190 (variedade carioca 9,5), um aumento de 11,76% e a R$ 145 (variedade carioca 7,5), com alta de 16%.
FEDERAÇÃO DO COMÉRCIO– Segundo realizada mensalmente pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), %), o preço do feijão carioca caiu 17,17% em janeiro apesar de, no acumulado dos últimos 12 meses registrar alta acima da inflação com uma média, de 13,70% de reajustes.
Os alimentos, segundo a Federação do Comércio, chegam a comprometer um quarto do orçamento familiar médio e devem sofrer ainda com variações climáticas no primeiro trimestre do ano.
Ressalta a Federação que as expectativas da safra deste ano são muito favoráveis e as variações na oferta dos alimentos, incluindo o feijão, não deverão provocar alterações significativas de preços no restante do ano.