O nível de emprego da indústria de transformação paulista cresceu 0,45% em março, com a criação de 9,5 mil postos de trabalho, sem considerar os ajustes sazonais. De janeiro a março, houve elevação de 0,62% com a abertura de 13,5 mil vagas, revertendo o resultado negativo (-1,33%), registrado no primeiro trimestre do ano passado.

Os dados são da Pesquisa de Nível de Emprego do Estado de São Paulo, do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos (Depecon) da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). Segundo a entidade, o crescimento foi puxado pelo segmento de açúcar e álcool.

“O resultado positivo de março mais que compensou a queda verificada em fevereiro. Essas oscilações são normais e mostram que o emprego tende a se estabilizar”, disse, em nota, o gerente do Depecon, Guilherme Moreira.

Dos 22 setores pesquisados, oito ampliaram as contratações, 12 enxugaram o quadro e dois mantiveram a estabilidade. Os maiores avanços ocorreram nas indústrias de coque, petróleo e biocombustíveis (7,31%) e de produtos alimentícios (2,47%). Já os que mais fizeram cortes foram os setores de produtos diversos (-1,82%) e de impressão e reprodução de gravações (-0,98%).

Interior

O levantamento mostra que as oportunidades de emprego estão mais concentradas no interior paulista, com alta de 0,82%, enquanto na região da Grande São Paulo houve queda de 0,53%.

Entre as regiões com melhor desempenho estão a de Piracicaba (3,13%), onde se destacaram empresas de produtos alimentícios, com alta de 11,47%, e de máquinas e equipamentos (1,3%).

Na região de Jaú, foi registrada alta de 2,98%, com destaque para o segmento de produtos alimentícios (6,41%) e de artefatos de couro e calçados (3,09%). Na região de Limeira, o nível subiu 2,56%, puxado pelo segmento de produtos diversos (15,63%) e de coque, petróleo e biocombustíveis (8,09%).

Na região de Botucatu, o saldo entre contratações e demissões foi negativo em 1,58%, com forte retração no setor de produtos de metal (-40%). Em Santa Barbara d’Oeste, o nível de emprego caiu 1,54%, com destaque para produtos de metal (-7,21%) e de borracha e plástico (-5,2%). Em Sorocaba, houve redução de 1,49%, sendo que os principais setores com corte de pessoal foram máquinas e equipamentos (-16,74%) e produtos de metal (-5,21%).