A mediana da inflação esperada pelos consumidores nos próximos 12 meses ficou em 6,7% em setembro, um avanço de 0,4 ponto porcentual em relação ao resultado de 6,3% registrado em agosto, informou nesta quinta-feira, 21, a Fundação Getulio Vargas (FGV), que divulgou o Indicador de Expectativa de Inflação dos Consumidores.

O resultado interrompe uma sequência de dez quedas consecutivas na expectativa de inflação. Apesar do aumento no indicador na passagem de agosto para setembro, houve recuo de 3,1 pontos porcentuais na comparação com setembro do ano passado.

“Após acumular queda de 5 pontos porcentuais nos últimos 19 meses, a expectativa de inflação dos consumidores subiu. O movimento pode ser entendido como uma acomodação temporária do indicador no patamar de 6%. Nos próximos meses, o indicador deve retornar à trajetória de queda, dado o bom comportamento esperado para a inflação efetiva”, avaliou o economista Pedro Costa Ferreira, do Instituto Brasileiro de Economia da FGV (Ibre/FGV), em nota oficial.

A inflação esperada pelos consumidores ficou estável em três das quatro faixas de renda. A alta do indicador em setembro foi causada pelo aumento de 1,6 ponto porcentual na expectativa de inflação dos consumidores de menor poder aquisitivo, com renda familiar até R$ 2.100 mensais.

O Indicador de Expectativa de Inflação dos Consumidores é obtido com base em informações da Sondagem do Consumidor, que ouve mensalmente mais de 2,1 mil brasileiros em sete das principais capitais do País. Aproximadamente 75% dos entrevistados respondem aos quesitos relacionados às expectativas de inflação.