A Vale atingiu uma produção recorde de minério de ferro no terceiro trimestre do ano, com um volume de 95,111 milhões de toneladas, aumento de 3,3% em relação ao observado no mesmo período do ano passado. Ante o trimestre imediatamente anterior, a expansão foi de 3,6%.
Segundo a companhia, em seu relatório de produção, a maior produção é explicada pelo aumento do volume de seu projeto S11D e ainda pela melhor performance operacional no Sistema Norte. A companhia frisa que o projeto avança conforme o planejado.
Por outro lado, a mineradora observa que as vendas no intervalo entre julho e setembro foram menores do que o nível de produção, o que elevou os estoques no período analisado. A empresa explica, porém, que esse resultado foi desejado para poder cumprir com suas necessidades operacionais e com as estratégias de mercado. A Vale destaca que o porcentual de estoques no período chegou em 30%, ante uma média no passado de 15%, e que a expectativa é manter esse nível de estoque até o fim do ano.
Ainda como estratégia, a Vale destaca que os volumes de minério blendados (misturados) na Ásia somaram 19,3 milhões de toneladas no terceiro trimestre, 10,2 milhões de toneladas a mais do que o visto um ano antes. A companhia quer aumentar sua flexibilidade.
A Vale lembra que, como já anunciado, a produção de minério de ferro de alta sílica dos Sistemas Sul e Sudeste foi reduzida em uma quantidade anualizada de 19 milhões de toneladas, o que levará que a produção em 2017 de minério de ferro fique próxima de 360 milhões de toneladas. A Vale havia colocado como meta um intervalo entre 360 milhões de toneladas e 380 milhões de toneladas. Para sua produção de longo prazo, a companhia reitera a projeção de um volume de 400 milhões de toneladas.
No acumulado dos nove meses do ano, a produção de minério de ferro da Vale atingiu 275,159 milhões de toneladas, um aumento anual de 6,5%.
O teor médio de ferro no período foi de 64,1%, um pouco maior do que o visto no trimestre imediatamente anterior, que foi de 63,8%. “O aumento é resultante da redução de produção dos produtos de alta sílica e da estratégia da Vale de melhorar a realização de preço do minério de ferro”, destaca a companhia em seu relatório de produção.
Pelotas
A produção de pelotas pela Vale no terceiro trimestre do ano foi de 12,766 milhões de toneladas, aumento de 5,8% na relação anual e de 4,5% na trimestral. No ano, a produção atingiu 37,404 milhões de toneladas, aumento de 11,3%. O volume trimestral é recorde, por conta de maior produtividade e à redução do número de paradas para manutenção.
Níquel
A produção de níquel da Vale no terceiro trimestre do ano atingiu 72,7 mil toneladas, queda de 4,3% em relação ao observado no mesmo período do ano anterior. No entanto, em relação ao trimestre imediatamente anterior o aumento foi de 10,2%. No acumulado do ano até setembro a produção de níquel foi a 210,1 mil toneladas, queda de 7,9%.
O aumento da produção de níquel em relação ao segundo trimestre do ano ocorreu especialmente por conta do retorno da produção do segundo forno em Sudbury e ainda pelo forte desempenho em Thompson e Onça Puma.
Sobre o forno de Sudbury, a Vale destaca que foi reconstruído com uma capacidade expandida. “A transição de Sudburry para forno único tem sido muito bem-sucedida, com o novo reprojetado forno já excedendo sua capacidade nominal”, frisa a companhia em seu relatório de produção.
Na operação de Nova Caledônia, operação em que a companhia busca um sócio, a produção chegou em 10,1 mil toneladas no terceiro trimestre deste ano, aumento de 12,2% em relação ao segundo trimestre do ano e um crescimento de 36,5% superior ao visto no mesmo intervalo do ano passado.
Cobre
A produção de cobre da Vale no intervalo de julho a setembro foi a 118,8 mil toneladas, alta de 6,6% em relação ao observado um ano antes. Em relação ao segundo trimestre o aumento foi de 15,7%. De janeiro a setembro a produção de cobre chegou a 330,4 mil toneladas, ligeiro recuo de 0,1%.