A Páscoa é considerada para a indústria de chocolates a data mais importante do calendário anual. O período aquece a economia, movimenta as vendas no varejo e em lojas especializadas e gera milhares de empregos temporários.
O volume de chocolates para a Páscoa de 2018 ainda está em produção. Em 2017 foram produzidas quase 9 mil toneladas de chocolate, o equivalente a 36 milhões de ovos. Se comparado à produção de 2016, o volume é 38% menor.
“Nos últimos anos vimos um comportamento atípico do setor que, concomitante com uma forte crise econômica, obrigou as empresas a reverem suas estratégias e se adequarem ao novo cenário. Estamos otimistas que os números deste ano comprovarão o amadurecimento da indústria e sua capacidade de organização em uma economia mais estável”, afirma Ubiracy Fonseca, presidente da ABICAB.
Apesar da retração, o Brasil ainda é um dos países com maior volume de vendas de Páscoa no mundo.
Os dados do primeiro semestre de 2017 do setor de chocolates, divulgados pela ABICAB, reforçam o otimismo para este ano. O volume de produção ficou praticamente estável no comparativo com o mesmo período de 2016, que havia registrado grande queda. A boa notícia é que, mesmo com uma produção estável, o consumo de chocolates registrou alta de mais de 8%. E esses números podem melhorar. A expectativa na recuperação da economia pode ser verificada também em outros setores que fazem parte da cadeia. Pesquisa divulgada pela Associação Brasileira de Supermercados (Abras) no fim de 2017 apontou que quase 80% das redes consultadas apostavam em estabilidade ou aumento das vendas em dezembro passado.
Outro indicativo de melhora da economia e que reforça o otimismo é o aumento de 6% das vendas de Natal, segundo os dados da Associação Brasileira de Lojistas de Shopping (Alshop), que consultou cerca de 150 empresas de varejo associadas à entidade. A tradicional data de compras vinha registrando queda nas vendas desde 2015.