A cloroquina é um medicamento indicado para o tratamento da malária causada por amebíase hepática, artrite reumatoide, lúpus e doenças que provocam sensibilidade dos olhos à luz. É um remédio usado em doenças não tão comuns. Porém, devido aos boatos de que essa substância seria capaz de curar a COVID-19, a procura pelo medicamento se multiplicou.

Em Dracena não foi diferente. Antigamente vendido sem a necessidade de prescrição médica, a cloroquina passou a ter essa obrigação. “Até sexta passada se vendia sem receita. Mas quando surgiu esse boato, a ANVISA determinou a receita e a classificação da doença indicada pelo médico”, disse Túlio Zerbetto, gerente de uma das farmácias.

No local onde Zerbetto trabalha a procura por este remédio foi grande. “Houve muita procura sim. Aqui na loja já não temos mais nenhum. A gente consegue comercializar ele apenas manipulado, mas só é vendido com receita, respeitando as normas estabelecidas pela ANVISA”, completou.

Em outra drogaria a corrida pelo remédio também existiu. “Assim que surgiu o boato a empresa que gere a rede pediu para tirar de circulação todos medicamentos. A medida foi tomada para evitar que pessoas que realmente precisam não fique sem medicação”, disse Jessica Novais, farmacêutica do estabelecimento.

Para ela, o pior de tudo é muita gente que precisa ficar sem a cloroquina. “Principalmente os reumáticos que precisam desse remédio. Hoje, muita gente que realmente precisa não encontra”, completou.