A seleção brasileira masculina de vôlei inicia às 12h30 (horário de Brasília) desta quinta-feira a caminhada rumo ao oitavo título da Liga Mundial. Quando entrar em quadra no Beogradska Arena, os comandados de Bernardinho terão do outro lado da rede Cuba, uma equipe que tentará usar as armas características do Brasil e a nova geração para surpreender.

Sem disputar a fase final da Liga Mundial desde 2005, quando ficou com o bronze, os cubanos têm quatro remanescentes daquela equipe que foi derrotada na semifinal justamente pelos brasileiros. Dominico e Diaz eram titulares naquela época, enquanto Bell e Simon ficavam no banco. O restante do time é jovem e enfrentou poucas vezes o selecionado verde-amarelo.

“Pelo o que vi nos vídeos, é uma seleção que não comete erros técnicos e joga com muita velocidade. Eles seguem uma escola brasileira dos últimos anos”, analisou o técnico Bernardinho.

Embora tenha encontrado certa dificuldade para vencer a Argentina na estreia, Cuba teve a atuação destacada do jovem Leon, de apenas 15 anos, maior pontuador do jogo com 24 pontos. “Na parte técnica a gente tenta se aproximar do Brasil. Acho que por ser do mesmo continente nos faz ter mais semelhança no estilo de jogo, com muita velocidade”, opinou o garoto.

Com a vitória sobre os argentinos, Cuba deu um importante passo rumo às semifinais e jogará contra o favorito Brasil a liderança do grupo F. “A seleção brasileira é diferente de todo o mundo e vinha ganhando tudo até a Liga do ano passado. Mesmo tendo características semelhantes como o salto e a explosão, eles são tecnicamente e taticamente superiores, mas trataremos de fazer o nosso melhor”, falou o técnico de Cuba, Orlando Samuels.

Se pelo lado cubano quatro jogadores são remanescentes de 2005, entre os brasileiros três estavam em quadra como titulares naquela vitória por 3 a 1 e seguem na mesma condição: o capitão Giba, o meio-de-rede Rodrigão e o líbero Escadinha. Agora no time principal, Murilo também já fazia parte da seleção, mas era reserva. O levantador Bruninho, o meio-de-rede Lucão e o oposto Leandro Vissoto devem completar o time que começa jogando nesta quinta.

“Apesar de ser uma seleção jovem, tem jogadores se destacando, com muita força física. A nossa defesa precisa funcionar muito bem hoje, porque eles jogam com muitas bolas altas, por cima do bloqueio”, afirmou Escadinha.

Na derrota final, Bruninho, Murilo, Rodrigão, Éder, Escadinha e Leandro Vissoto estiveram em quadra. Pelo lado cubano, Leon, Camejo, Cepada e Simon (maior pontuador e melhor atacante) foram titulares na decisão que deu o segundo título da Copa América aos caribenhos.