A mentira ronda nosso cotidiano, é intrínseca a nossos seres e faz-se protagonista para a boa convivência em sociedade. Desde o início dos tempos, o homem mente; Bismarck, através de uma grande lorota, uniu quase todos os povos germânicos em uma só nação. O ato de mentir é uma das bases da sociedade, através dele mantemos boas ralações com pessoas, e conseguimos tornar a vida, para muitos, menos penosa e angustiante.

Diariamente mentimos; ao respondermos saudações com “está tudo bem comigo!”, em grande parte das vezes apenas preferimos omitir nossas penúrias. Fazemos isso tanto por ser um hábito social, como também uma tentativa de evitar constrangimento. Como observado na produção cinematográfica “O Primeiro Mentiroso”, as mentiras podem ser usadas como meio para o fim da angústia e sofrimento, enobrecendo o ato do engodo pois, como definido por Aristóteles, a felicidade é a finalidade das ações humanas; portanto, nada existe de mais nobre senão promover felicidade a alguém.

Se mentir visando à felicidade de outrem é um ato de extrema nobreza e honradez, mentir para obter benefícios próprios, conquistando vantagens sobre outras pessoas, é extremamente vexatório, pois representa o ápice do egoísmo  e da falência das instituições morais do homem. Tornou-se habitual observarmos as cenas de corrupção dos regentes e dos agentes da nação; trata-se do exemplo cabal da mentira deteriorando as relações humanas.

Portanto, a mentira é essencial na construção e na manutenção das relações humanas – usada positivamente, ela torna a vida em sociedade possível e agradável a todos, podendo até mesmo gerar a paz, finalizando conflitos e unindo povos. Por outro lado, devem ser evitadas e combatidas as calúnias que provêm de egoísmos, pois geram maiores conflitos na sociedade, como pode ser observado diariamente nos noticiários da pátria.

 

*Aluno do 3º ano integrado do Ensino Médio do Colégio Objetivo de Dracena