O Campeonato de Fórmula 1 que começa domingo com o grande prêmio do Bahren vem com novidades no regulamento, a principal modificação deste ano é o fim do reabastecimento nos carros. Outra novidade está relacionada ao peso mínimo nos carros que sobe para 620 quilos, após aumento dos tanques de combustível.

Presente na categoria desde 1994, o reabastecimento foi banido da categoria pela Federação Internacional de Automobilismo (FIA) e os pit stops voltarão a servir apenas para troca de pneus. Se as alterações aerodinâmicas do ano passado provocaram um visual diferente para os carros, neste ano, as corridas terão sua dinâmica alterada.

Todos os pilotos terão de largar com o tanque cheio, colocando um ponto final nas estratégias de combustível.

As paradas, que antes duravam, em média, sete segundos, passarão a ter entre dois e quatro, de acordo com estimativas. Por causa do fim do reabastecimento, o tanque de combustível precisou ter sua capacidade quase dobrada: de 120 litros para 250 litros, em média.

Com as mudanças os projetistas passaram a trabalhar com um aumento de 15 centímetros na distância entre os eixos.

O peso mínimo do carro (sem combustível) foi aumentado de 605 kg para 620 kg, o tanque de combustível terá de ser quase dobrado, dependendo do consumo de cada motor. Outra mudança neste ano envolve as trocas de pneus que até o ano passado eram usadas como estratégicas para conseguir boas colocações nas corridas.

Os pit stops neste ano só terão trocas de pneus e uma outra alteração radical é a largura dos pneus dianteiros, reduzida nesta temporada de 270 milímetros para 245.

A FIA pretende com esta medida equilibrar a aderência dos carros entre seus dois eixos. No entanto, o fim do reabastecimento fez com que a Bridgestone, fornecedora de pneus da Fórmula 1, adotasse um composto de borracha mais duro e mais resistente para compensar o maior desgaste.

As calotas aerodinâmicas, presentes há alguns anos, foram banidas para diminuir a turbulência para os carros que vêm imediatamente atrás e facilitar a vida dos mecânicos nos pit stops.

O Sistema de Recuperação de Energia Cinética (Kers, em inglês), que reaproveita a energia dispensada nas frenagens e oferece um ganho de potência aos carros, continua permitido, mas não será usado neste ano. A Associação das Equipes da Fórmula 1 (Fota) chegou a um acordo e todos os times concordaram em não usar o aparato em 2010.