Os cerca de 300 servidores municipais da prefeitura de Lupércio (SP) paralisaram suas atividades na manhã desta segunda-feira (14) em protesto contra o atraso dos salários referentes a setembro e que deveriam ser pagos no início deste mês.

O principal impacto para a população da cidade de cerca de 4,5 mil moradores é na área da saúde. Segundo apurou a reportagem da TV TEM, os dois postos da cidade, um na área urbana e o outro no distrito de Santa Terezinha, estão fechados.

Segundo a prefeitura, os casos de emergência serão encaminhados para o Hospital das Clínicas, de Marília, cidade que fica a 35 quilômetros de distância. A administração diz que negocia com os servidores para que o atendimento mínimo de 30% do quadro de funcionários seja mantido.

Servidores em greve explicaram ainda que os atrasos nos salários seriam constantes e que o pagamento de setembro, relativo ao salário de agosto, foi dividido pela prefeitura em três parcelas.

Logo pela manhã, os servidores se reuniram em frente à prefeitura para protestar batendo latas para chamar a atenção do prefeito Anézio Kemp (MDP) para a situação do atraso de salários. O prefeito, no entanto, não apareceu. A Polícia Militar interditou o trânsito em frente à prefeitura e o protesto foi pacífico.

Impasse

No fim da tarde, a prefeitura de Lupércio informou em nota que teria fechado um acordo com o sindicato para que os servidores voltem ao trabalho.

Segundo a nota, ficou definido que os trabalhadores vão receber os salários em duas parcelas. O texto também explica que a prefeitura passa por dificuldades financeiras por causa de bloqueio de contas e pagamento de precatórios.

Já o presidente da Câmara de Vereadores de Lupércio, Ivan Nogueira (PRP), participou da reunião e negou que houve acordo. Segundo ele, os servidores não vão retornar ao trabalho.

Rua em frente à prefeitura foi interditada pela PM, mas o protesto foi pacífico — Foto: TV TEM/Reprodução

Rua em frente à prefeitura foi interditada pela PM, mas o protesto foi pacífico — Foto: TV TEM/Reprodução