A Associação Paulista do Ministério Público (APMP), entidade que representa mais de 3 mil promotores e procuradores de Justiça, da ativa e aposentados, do Estado de São Paulo, vem a público para externar o seu apoio aos nossos colegas Procuradores da República, do Ministério Público Federal do Paraná, pela atuação na Operação Lava Jato, que nesta sexta-feira (04/03) entra em sua 24ª fase, com a execução, durante todo o dia de hoje, de dezenas de mandados de busca e apreensão e conduções coercitivas para aprofundar a investigação sobre eventuais crimes de corrupção e lavagem de dinheiro, oriundo de desvios da Petrobras. Entre os ouvidos está o ex-presidente da República, Luís Inácio Lula da Silva, além de pessoas a ele associadas.
Uma oitiva do ex-presidente e de sua esposa, Marisa Letícia Lula da Silva, já fora marcada para acontecer no Fórum da Barra Funda em 17/02/16, por membros do Ministério Público do Estado de São Paulo, que investigam a propriedade de um apartamento tríplex no Guarujá. Aquela audiência foi inicialmente suspensa por liminar concedida pelo Conselho Nacional do Ministério Público, decisão posteriormente revogada após intenso trabalho conjunto da APMP e da Associação Nacional de Membros do Ministério Público (CONAMP), com apoio de demais associações do Ministério Público brasileiro, dentre elas as associações estaduais de classe, a Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR) e Movimento do Ministério Público Democrático (MPD).
Nossa solidariedade se estende ainda aos Juízes Federais, Delegados e Agentes da Polícia Federal envolvidos na operação, que possibilitaram que, mais uma vez, nosso poder de investigação pudesse ser exercido de forma republicana e impessoal, trazendo à sociedade brasileira a certeza de que a maturidade e independência das instituições brasileiras garantem ao seu povo a plena democracia.
Diretoria da Associação Paulista do Ministério Público