Muitas famílias se perguntam como lidar com o reajuste da mensalidade e a compra do material escolar para o próximo ano letivo dos filhos. Reinaldo Domingos, do canal Dinheiro à Vista, orienta que essas não devem ser consideradas despesas, e sim investimentos para o futuro.

“Mesmo que altos, esses valores devem ser priorizados no orçamento. A família pode diminuir ou cortar outras despesas, menos importantes e muitas vezes supérfluas, para garantir a continuidade dos estudos de qualidade”, diz. Veja orientações para se organizar:

 

1- Faça um diagnóstico financeiro

É importante que a família faça um diagnóstico financeiro para saber em qual situação se encontram. Se for deendividamento ou inadimplência, é hora de rever todos os gastos para priorizar a continuidade dos filhos na escola.

2- Reduza gastos

Com o diagnóstico financeiro em mãos, veja quais gastos pode reduzir ou eliminar para priorizar o pagamento da mensalidade escolar e a compra do material sem comprometer as finanças da família. O diagnóstico financeiro irá gerar consciência de seu estilo de vida e padrão de consumo, para que possa mudar o comportamento e cortar gastos desnecessários.

3- Saiba o quanto irá pagar

Conheça o valor mensal exato a ser pago no próximo ano. Assim pode traçar um planejamento financeiro para 2019, considerando o valor reajustado da matrícula. Neste planejamento, é importante considerar também as despesas intrínsecas à rotina escolar, como lanche, transporte, eventuais passeios, etc.

Em relação ao material escolar, é válido fazer pesquisas de orçamento desde já. Envie a lista para pelo menos três estabelecimentos diferentes, negocie o pagamento e opte pelo que oferece melhores preços e condições de pagamento. 

4- Não tenha medo de negociar

Se preciso, é recomendável marcar uma reunião com o diretor, explicando a situação para negociar o aumento na matrícula. Pode ser que consiga uma bolsa, um desconto, mesmo que temporário, a isenção da matrícula ou mesmo uma condição especial para pagar as mensalidades. Tudo para garantir um estudo de qualidade às crianças.

Considere também os diferenciais que a escola oferece para a educação de seus filhos, como por exemplo a educação financeira em sala de aula. Este tem sido considerado o melhor caminho para que esta nova geração tenha um comportamento sustentável em relação às finanças, sendo menos endividada e inadimplente.

5- Compre com planejamento

Antes ir às compras, a família pode analisar itens do ano passado e selecionar tudo o que pode ser usado novamente este ano, como tesoura, régua e mochila, por exemplo. Algo interessante é reunir alguns pais e comprar itens em atacado, como caixas de lápis, cadernos e agendas.

No dia das compras, converse com o(s) filho(s) sobre o orçamento, para que não corram o risco de se deixar levar pelo impulso e gastar mais do que o planejado. Lembre-se que não é preciso comprar todos os itens na mesma loja, mas se for fazer dessa forma, peça um bom desconto.

Reinaldo Domingos está a frente do canal Dinheiro à Vista. É Doutor em Educação Financeira, presidente da Associação Brasileira de Educadores Financeiros (Abefin – www.abefin.org.br) e da DSOP Educação Financeira (www.dsop.com.br). Autor de diversos livros sobre o tema, como o best-seller Terapia Financeira.

 

 

8 orientações para a compra de material escolar

Os preços de materiais escolares variam muito entre lojas, inclusive online, por isso é importante pesquisar e planejar as compras para economizar sem ter que abrir mão da qualidade nos estudos das crianças.

Para quem tem filhos, esse é um dos maiores gastos do início do ano e devido à falta de educação financeira, diversas despesas se acumulam e as famílias se perdem em meio a tantas contas para pagar, muitas vezes ultrapassando o limite de seu orçamento financeiro.

Para começar, sempre recomendo que pensem no quanto precisam trabalhar para conseguir seu salário. A partir daí, fica fácil valorizar esse dinheiro, aprendendo a pesquisar preços e, principalmente, a negociar os valores das compras.

Então, o primeiro passo é realizar um diagnóstico da vida financeira da família, para saber exatamente quais são os ganhos e gastos mensais e quanto poderá dispor para a aquisição do material escolar. Elaborei algumas orientações sobre o assunto, são elas:

1- Essa despesa é recorrente, ou seja, precisa fazer parte do planejamento anual. Para que os gastos não fiquem muito pesados em janeiro, é válido poupar durante todo o ano para conseguir fazer os pagamentos à vista e obter bons descontos;

2- Antes ir às compras, a família pode analisar itens do ano passado e selecionar tudo o que pode ser usado novamente este ano, como tesoura, régua e mochila, por exemplo;

3- No caso dos livros, vale a pena procurar pais de alunos mais velhos para emprestar ou comprar por um preço mais acessível, se estiverem em boas condições de uso;

4- Algo interessante é reunir alguns pais e comprar itens em atacado, como caixas de lápis, cadernos e agendas;

5- A partir daí, é preciso fazer muitas pesquisas e traçar um orçamento para ter noção do gasto total;

6- Não é preciso necessariamente comprar todos os itens na mesma loja, mas se for fazer é válido pedir descontos;

7- No dia das compras, converse com o(s) filho(s) sobre o orçamento, para que não corram o risco de se deixar levar pelo impulso e gastar mais do que o planejado;

8- O ideal é sempre fazer os pagamentos à vista, mas se não for possível, opte por poucas parcelas que caibam no bolso, para não comprometer as finanças de 2019 por vários meses.

Reinaldo Domingos está a frente do canal Dinheiro à Vista. É Doutor em Educação Financeira, presidente da Associação Brasileira de Educadores Financeiros (Abefin – www.abefin.org.br) e da DSOP Educação Financeira (www.dsop.com.br). Autor de diversos livros sobre o tema, como o best-seller Terapia Financeira.

 

 

Volta às aulas: dar mesada pode gerar economia

O tema é polêmico, muitos pais se perguntam o porquê de dar mesada, quando começar e como estabelecer o valor. A volta às aulas é excelente momento para começar e pode até gerar economia nas contas da família. Ao contrário do que muitos pensam, a mesada não é um incentivo ao consumo, e sim forma de educar financeiramente as crianças.

Vou explicar melhor: a infância é a fase ideal para desenvolver comportamentos que serão levados por toda a vida, por isso é importante implantar a mesada quando notar que a criança está pedindo dinheiro com frequência e já mostra ter seus primeiros hábitos de consumo. Normalmente, crianças e jovens consomem durante a rotina escolar, com gastos com alimentação, por exemplo.

Sendo orientadas para usar o dinheiro de forma sustentável e poupar parte dele para realizar seus sonhos no futuro, as crianças se tornam menos consumistas e mais conscientes. Os reflexos são notados em casa.

Algo que percebo é que muitos pais acreditam que não dão mesada, mas dão pequenas quantias constantemente aos filhos, de forma não sistematizada. Afinal, é comum que as crianças peçam dinheiro para fazer pequenas compras, como de guloseimas e brinquedos, e isso caracteriza a mesada voluntária.

Há 8 tipos de mesada, que categorizei em meu livro Mesada não é só dinheiro (Editora DSOP), como a mesada financeira e a mesada economica. Veja abaixo, já que as famílias devem agir de acordo com a sua situação financeira.

E sabe o que todas essas formas de mesada têm em comum? Elas priorizam os sonhos da criança e da família. O ideal é que elas tenham pelo menos três: um a ser realizado em curto prazo (em até um mês), outro de médio prazo (entre três e seis meses) e outro de longo prazo (após seis meses). Ter a conquista dos sonhos como prioridade na lida com o dinheiro é o que levará essa geração a ser menos endividada e inadimplente no futuro.

Mesada financeira

mesada financeira é dada para a criança aprender a administrar o dinheiro que ganha. Trata-se de um valor fixo determinado pelos pais ou responsáveis, tendo em vista a necessidade de transição da mesada voluntária para a mesadafinanceira. Nesse momento, recomendo que 50% do valor seja destinado para a poupança dos sonhos e 50% para as despesas da criança, sempre lembrando que o dinheiro nunca será mais importante que os sonhos.

Mesada econômica

Na mesada econômica, os pequenos são incentivados a poupar recursos em casa, como energia elétrica e água, para que realizem seus sonhos com o valor economizado. Assim, mesmo a família que não tem condições de dar mesada em dinheiro, pode educar financeiramente seus filhos com as economias feitas no lar a cada mês. Dessa forma, os pequenos aprendem que economizar recursos é um dos caminhos para realizar seus sonhos.

Reinaldo Domingos está a frente do canal Dinheiro à Vista. É Doutor em Educação Financeira, presidente da Associação Brasileira de Educadores Financeiros (Abefin – www.abefin.org.br) e da DSOP Educação Financeira (www.dsop.com.br). Autor de diversos livros sobre o tema, como o best-seller Terapia Financeira.

 

 

Educação financeira em sala de aula: crianças ajudam os pais a poupar 

Pesquisa indica que 100% dos pais dos alunos que têm educação financeira nas escolas acreditam que o tema pode ser absorvido pela família e observam que os filhos poupam dinheiro em casa ou gastam parcialmente em algo que valorizam.

Os dados são da 1ª Pesquisa de Educação Financeira nas Escolas, realizada em parceria entre o Instituto de Economia da UNICAMP, por seu Núcleo de Economia Industrial e da Tecnologia (NEIT), o Instituto Axxus e a Abefin.

Ela também aponta que a grande maioria (71%) dos alunos que têm aulas sobre o tema nas escolas ajudam os pais a fazerem compras conscientes. A pesquisa foi relaizada com 750 pais/responsáveis de cinco capitais brasileiras, Recife, São Paulo, Rio de Janeiro, Goiânia e Vitória.

Mais de 85 mil alunos aprendem educação financeira nas escolas

As iniciativas de educação financeira estão se multiplicando no país, principalmente após o tema se tornar obrigatório nas salas de aulas por definição da Base Nacional Comum Curricular, exemplo é que apenas a empresa DSOP Educação Financeira, que atende alunos em escolas em todo país estão com o programa desenvolvido em mais de 430 escolas de 20 estados, o que representa cerca de 87 mil alunos.

O programa criado pela DSOP já vem sendo aplicado nas escolas a cerca de oito anos, tratando a educação financeira como um tema que vai muito além de números, abordando o assunto também de forma comportamental e incluindo todos os que participam da educação dos alunos no tema, como professores e pais.

“Os resultados são surpreendentes, pois vemos que realmente conquistamos mudanças em todo o grupo que está envolvido nesses ensinamentos. E, hoje, é fundamental a criação de hábitos mais saudáveis e a motivação do consumo consciente para os alunos, tratando isso de forma lúdica e leve, mostrando que o dinheiro não é um inimigo, mas sim uma ferramenta que passará pelas mãos e que precisa ser tratado com respeito”, explica o presidente da DSOP, Reinaldo Domingos.

Fato é que os materiais já são utilizados em mais de 115 cidades de 20 estados brasileiros. Desenvolvidos por educadores e especialistas são adequados a cada fase de aprendizado, que contemplam desde o maternal e a educação infantil até o ensino médio e profissionalizante.

“Enxergo no projeto um grande diferencial não apenas para os alunos, mas para as famílias e para a comunidade. A DSOP vai muito além da Educação Financeira. Através do trabalho que é feito em sala de aula estamos revolucionando aquilo que entedíamos como educação. Educação também é sonhar, é entender que o futuro é repleto de sonhos e que podemos realizá-los”, afirma o Coordenador pedagógico do Colégio Santa Terezinha, na Zona Sul de São Paulo.

De acordo com a diretora pedagógica da DSOP, Ana Rosa Vilches, a ideia é habilitar as instituições para inserir um tema que, apesar de ainda não ser consenso no país, é de grande importância para um futuro com mais sustentabilidade financeira.

“A educação financeira nunca foi pauta nos lares e muito menos nas escolas, por isso, é uma das maiores carências da nossa sociedade. Nosso objetivo não é só fornecer material didático, mas também possibilitar aos educadores vivenciar essa aplicação em sala de aula e também aprenderem esses conceitos para suas vidas”, ressalta.

Para 2019, a expectativa é de um grande aumento no número de escolas adotantes, principalmente em função da obrigatoriedade do tema pela Base Nacional Comum Curricular (BNCC), o que faz com que o movimento de escolas pela procura de informações sobre o projeto esteja aumentando consideravelmente.

Fonte: Associação Brasileira de Educadores Financeiros (Abefin).