Na próxima semana, de segunda, 5, a sexta, 9, a vigilância epidemiológica de Santa Mercedes intensificará atividades de orientação e prevenção da leishmaniose visceral em diversos setores privados e públicos do município e do distrito de Terra Nova D’Oeste.

A coordenadora de Saúde, Carla Braga informa que na cidade já é realizado o inquérito sorológico canino há alguns anos, atividade de coleta de sangue dos cães para realização de diagnóstico da leishmaniose feita mensalmente quarteirão por quarteirão.

“Neste ano já foram coletados 320 cães para diagnóstico e foram diagnosticados com a doença 59 cães. Em comparação com os outros anos, a positividade canina no município aumentou muito, tornando o risco para casos em humanos muito alto. Lembrando que boa parte dos cães infectados não apresentam sintomas aparentes, porém são considerados reservatórios assim como os sintomáticos”, explica Carla.

Segundo o médico veterinário Renan Regazzo Gimenez responsável pela realização do inquérito no município, além do inquérito ser feito com qualidade e eficiência, existem alguns fatores que podem diminuir o risco de transmissão aos cães, como utilização de coleiras com deltametrina, repelentes específicos e principalmente manter os quintais limpos, livres de folhas, restos e comidas entre outros materiais em decomposição que estando em ambientes sombreados podem auxiliar na reprodução do mosquito palha.

A leishmaniose visceral canina é uma doença grave para os animais. O cão é considerado um importante reservatório do parasito. A doença não é transmitida através de lambidas, mordidas e afagos. O contágio ocorre somente por meio da picada da fêmea do flebotomíneo Lutzomyia longipalpis infectada. O Ministério da saúde indica a eutanásia de cães positivos.

A leishmaniose pode ser transmitida ao ser humano através da picada do mosquito palha contaminado ao picar o cão portador da leishmania e se não for tratada pode levar a óbito 90% dos casos.