Em 7 de agosto de 2019, a Polícia Civil de Adamantina concluiu o inquérito policial sobre a prisão de quatro estudantes de medicina que haviam sido detidos em flagrante delito no dia 10 de maio deste ano, apontados como autores dos crimes de tráfico de drogas e associação para o tráfico.

Dias após a prisão em flagrante, os acusados ganharam liberdade provisória por decisão dos tribunais superiores do poder judiciário, no entanto, as investigações prosseguiram no bojo do inquérito instaurado pela Delegacia de Investigações Sobre Entorpecentes (DISE), onde foram juntados outros elementos de prova e fatos novos acrescidos para o processo.

Com as novas provas produzidas, o delegado de polícia titular da DISE concluiu as investigações, remetendo ao juízo com representação pela decretação da prisão preventiva.

O órgão acusador, Ministério Público, concordou com a decretação da prisão de uma das acusadas e o juízo decretou seu recolhimento ao cárcere, para que responda ao processo, presa preventivamente.

De posse do respectivo mandado de prisão, os policiais capturaram a procurada na tarde desta terça-feira (20), por volta das 16h, quando chegava em sua residência. Os outros três acusados seguem em liberdade, mas respondendo ao mesmo processo.

Relembre o caso

A prisão dos estudantes se deu no âmbito da “Operação Alquimista”, desenvolvida pela Polícia Civil de Adamantina com foco no combate ao tráfico de drogas, em especial sobre substâncias sintéticas. Os policiais apuraram que durante algumas festas de universitários e outras abertas ao público em geral, eram comercializadas drogas sintéticas trazidas por alguns estudantes de medicina que abasteciam os usuários.

Durante a investigação foram levantados informes de que os suspeitos levariam drogas para serem comercializadas em uma festa eletrônica, na cidade. Foi identificada pelos policiais a pessoa que teria comprimidos de ecstasy para distribuição.

Assim, no dia 10 de maio, buscas domiciliares foram cumpridas e nove estudantes detidos, dos quais, quatro foram presos em flagrante pela prática de tráfico de drogas e associação para o tráfico, sendo dois homens e duas mulheres, em poder dos quais encontrou-se drogas sintéticas como LSD, ecstasy, MD e maconha.

Outro estudante, rapaz, também foi preso por tráfico de drogas, apreendendo-se maconha em sua residência, mas sem conexão atual com os quatro primeiros, sendo que os demais quatro estudantes detidos foram autuados pela prática de porte de drogas e liberados conforme dispõe a legislação em vigor, pois possuíam drogas para consumo próprio.

Na residência de dois dos presos, também foram encontradas estufas adaptadas para o cultivo de maconha. As estufas tinham mecanismo de iluminação, ventilação e troca de ar.

No total da operação, segundo a Polícia Civil, foram apreendidas 370 gramas de maconha, uma pequena porção de Haxixe, uma porção com cristais de MD, 2 quadriculados de LSD, 62 comprimidos de ecstasy, além de outros objetos próprios para o tráfico e consumo de drogas, e um veículo utilizado para o transporte das drogas.

Na época, os estudantes tiveram as prisões executadas nos cumprimentos dos mandados convertidas em prisões preventivas, sendo os mesmos encaminhados para o Centro de Detenção Provisória (CDP) de Pacaembu e à Penitenciária Feminina de Tupi Paulista, e foram soltos dias depois, por decisões de instâncias superiores do Poder Judiciário, cujos habeas-corpus (HC), foram concedidos por desembargador do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (TJSP) e outro por ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ).

Agora, com a conclusão do inquérito pela Polícia Civil de Adamantina, e diante da nova decisão judicial, uma estudante voltou a ser presa para responder preventivamente às acusações. Os demais vão responder em liberdade.  des