A contar pelo volume pluviométrico apurado nos primeiros 15 dias do ano e pela tradição de época de chuvas intensas, tranquilamente se pode dizer que Parapuã este ano (pelo menos até agora) “foi abençoada por Deus”. Assim o prefeito do município, Samir Alberto Pernomian (PP) definiu o quadro observado na primeira parcial após pelo menos 280 milímetros de chuvas somente na primeira quinzena de janeiro. De acordo com números do serviço de controle de chuvas da Casa da Agricultura, somente no dia 13 foram 160 milímetros e outros 35 milímetros no dia seguinte, 14 de janeiro.

Segundo prévia feita pelo Prefeito Samir, os casos mais preocupantes foram “o repetéco” de alguns pontos de saturação de enxurradas e alagamentos já conhecidos na cidade (felizmente nada de mais grava); o rompimento de uma ‘caixa seca’ ao lado do campo do Jardim Canaã; a destruição da fina camada de asfalto do trecho da Rua Ceará, atrás do Estádio Municipal ‘Afonso João Lopes’ (onde por falta de galerias que foram tiradas no último recapeamento da vida, a enxurrada destruiu o que foi pavimento); o abalo ou destruição de algumas cabeceiras de pontes (que já foram ou estão sendo recuperadas); e o mais grave problema: a ponte da baixada da Avenida São Paulo ao lado da Praça da Rua Porto Alegre, saída para a Lagoa Azul e Salmourão. Reconstruída em 2011, a passagem voltou a ruir com as seguidas chuvas de janeiro. “De uma forma geral, a situação, este ano, é razoável. A maioria são problemas que se arrastam a anos sem solução”, comentou.

INTERDIÇÃO – Por causa do buraco aberto na pista de entrada e saída da cidade, Samir determinou que todo o trecho, nos dois sentidos, fosse interditado e o fluxo de veículos desviado para o lado da ponte, na parte de cima da Praça. “A gente inclusive está pedindo que os motoristas nos ajudem, desviando para o lado da praça para evita problemas. Primeiro que as rachaduras e o buraco aberto no asfalto e na calçada indicam que há risco iminente de desabamento total. Depois que preservando, nós podemos conseguir não perder todo aquele serviço, que deverá custar para ser bem feito como é preciso, eu calculo que em torno de R$ 300 mil.”, completou o Prefeito Samir.

Ele contou ainda que desde janeiro do ano passado, quando assumiu a prefeitura na cassação do ex-prefeito Antonio Alves da Silva (PSBD), vinha monitorando o local. “Aquilo é prejuízo e tragédia anunciados. Em janeiro passado já havia rachaduras. Eu fotografei como estava. Lamentavelmente não foi feito como deveria ser. Foi feito de qualquer jeito, só pra dizer que foi feita a obra… Agora vamos tentar fazer diferente; fazer uma construção como precisa ser feita… Já estamos buscando opiniões técnicas para uma solução que seja, definitiva”.

ZONA RURAL – Ao contrário de anos anteriores, da zona rural, poucas reclamações e pedidos de ajuda chegaram à Prefeitura de Parapuã neste início de ano. “Tivemos 2 ou 3 casos de cabeceiras de pontes que ficaram abaladas ou foram destruídas, mas já estão sendo reconstruídas no trabalho de rotina. Na medida do possível, estamos conseguindo corrigir os maiores estragos rapidamente. Os problemas são os de sempre, mas Graças a Deus, este ano, em bem menor número e tamanho. Creio que devemos levantar as mãos para o Céu”, disse Samir.

SP-294 – Um dos problemas mais aparentes, especialmente nos dias chuvas mais intensas, foi a passagem, sobre pista da rodovia Comandante João Ribeiro de Barros (SP-294) no quilômetro 557+900. A estrada de terra que liga os municípios de Bastos, Parapuã e Rinópolis, pela Secção União (estrada do Paulo Kato), passando pelo Córrego da Onça, Represa do Molina e bairro Vitória Paulista, seguindo até Rinópolis, provocou lentidão e parada de veículos em três oportunidades nos dias mais chuvosos de janeiro. A estrada, em Parapuã identificada como PRP-136, por falta de conservação, inundou transversalmente as pistas da rodovia. “É um trecho íngreme (uma baixada) no sentido de quem vem de Bastos. Sem a devida conservação das caixas secas e escamas de peixes (que levam a enxurrada drenada para dentro dos pastos), toda a enxurrada ganha peso, força e velocidade e vai parar sobre a rodovia. O que precisa ali é realizar as melhorias do Melhor Caminho e conservar. Caso contrário, todo ano, nós teremos o problema quando chover forte”, comentou Samir. Como medida paliativa, o Departamento de Estradas de Rodagem construiu no local (margem interior capital) da rodovia, um grande piscinão destinado a recolher as águas das chuvas que são fortes aí naquele local.

Samir pediu ainda aos moradores da zona Rural de Parapuã que levem os problemas ao conhecimento da Administração. “Quando mais rápido a gente for avisado, mais rápido buscaremos uma solução, concluiu Samir”.