A Polícia Civil de Junqueirópolis identificou e reuniu uma filha que em 29 anos jamais havia visto ou falado com sua mãe e nem sequer sabia seu nome. Tudo aconteceu quando no mês de julho deste ano, Josiane de Souza,  de 29 anos, moradora de Curitiba procurou pela Delegacia de Polícia de Junqueirópolis dizendo que sua mãe adotiva,  às vésperas de seu falecimento, havia revelado a ela que Josiane teria sido “doada” a ela em Junqueirópolis,  em 1990, no mesmo dia de seu nascimento.  Josiane disse ainda que seu sonho era conhecer sua mãe verdadeira, mas que não tinha nenhuma outra informação para identificá-la.
Foi instaurado inquérito policial para investigar os fatos. Os policiais civis conseguiram obter documentos médicos da época do nascimento da garota adotada, bem como identificar testemunhas daquela época que tinham conhecimento sobre os fatos. Desse modo, a Polícia Civil de Junqueirópolis conseguiu identificar a mãe biológica da vítima,  moradora de Marília.
Na última sexta-feira, dia 1° de novembro,  mãe e filha se encontraram pela primeira vez,  na sede da Delegacia de Polícia de Junqueirópolis. Ambas estavam muito emocionadas e além da notória semelhança física,  demonstraram muitas afinidades,  inclusive uma tatuagem idêntica no pulso esquerdo de cada uma.
Na ocasião,  a mãe biológica revelou à filha as razões compreensíveis que a levaram a abrir mão de ficar com Josiane.
Os autos, que foram instaurados para apurar eventual prática do delito previsto no artigo 242 do Código Penal (dar parto alheio como próprio), já estão em vias de conclusão e, as evidências jurídicas dão conta de que houve prescrição. A mãe biológica por razões de foro íntimo, não autorizou que sua imagem ou nome fossem publicados.