O prefeito de Brasilândia (MS) Jorge Diogo participou no último dia 6, do anúncio e aprovação da RPPN (Reserva Particular do Patrimônio) dos 3.857 hectares do Instituto Cisalpina, um grande avanço para o município, pois, desde o ano de 2003 que o Instituto vem lutando para adquirir a RPPN.
Brasilândia por sua vez município poderá oferecer, através da RPPN, alternativa de utilização pedagógica de uma Unidade de Conservação que permitirá aos seus estudantes, professores e pesquisadores, melhor conhecer as riquezas desta faixa de mata atlântica e cerrado que envolve mais de 22 mil hectares da Reserva Cisalpina dos quais foram reservados 3.857 hectares para a esta modalidade de área de proteção. Além da importância cultural e educacional, reforçará a arrecadação do município de seu ICMS Ecológico, tendo em vista que, sua área de UCs aumentará, recebendo o incentivo financeiro do Estado pela área preservada. Atualmente o município participa do rateio do ICMS Ecológico do Estado com a participação da área de preservação da Aldeia Ofaié e o trabalho realizado pela Assobraa.
Embora seja uma área particular de preservação ambiental, cuja manutenção será de inteira responsabilidade da empresa CESP, o município tem a responsabilidade de, através do Fundo Municipal de Meio Ambiente, de aplicar os recursos oriundos do incentivo financeiro do ICMS Ecológico decorrente desta UCs, em atividades relacionadas ao Meio Ambiente, promoção de eventos e recuperação de áreas de preservação, degradadas entre outras.
Segundo o diretor presidente do Instituto Cisalpina Carlos Alberto dos Santos Dutra (Prof. Carlito), em suas palavras enfatiza que: “A luta do Instituto Cisalpina, desde a sua criação em 2003, foi em transformar a totalidade dos 22 mil hectares da margem direita do rio Paraná, que compõe o lago da hidrelétrica de Porto Primavera (atual Engenheiro Sérgio Mota), em RPPN, o que foi conseguido somente agora, 13 anos depois com uma área muito menor que a esperada, porém, mesmo assim, configura uma vitória para a instituição que apostou na defesa pioneira do meio ambiente no município ao lado da Assobraa, contemporânea da preocupação com a ecologia. Apenas para conhecimento lembro que, a ONG Instituto Cisalpina não é uma instituição mantida pelo município de Brasilândia. Aliás, desde a sua fundação nunca recebeu dinheiro público oriundo do município. Trata-se de uma organização não governamental do gênero Associação com o nome de fantasia Instituto Cisalpina, e razão social denominada Instituto Cisalpina de Pesquisa e Educação Sócio Ambiental, tendo seu estatuto em 2013 alterado acrescentando ao nome e Defesa do patrimônio Cultural”, concluiu Carlito.
O prefeito Jorge Diogo ressaltou que: “Receber o RPPN após anos de luta é muito benéfico para o nosso município, ainda mais essa conquista se dar durante minha gestão, fiquei muito feliz em acompanhar de perto e ajudar a batalhar para que fosse concretizado esse momento. As questões ambientais e de preservação sempre foram vistas com seriedade e os assuntos tratados com cautela durante minha administração”, finalizou o prefeito.
Pela natureza pedagogia da RPPN, o Instituto Cisalpina, que também é de Pesquisa, Educação Sócio ambiental e Defesa do Patrimônio Cultural, a RPPN representa passo importante nas atividades educativas e de formação para a sociedade brasilandense que, além da visitação pública, poderá oferecer espaço para a pesquisa, projetos e ações capazes de transformar a mentalidade predadora local em preservadora do meio ambiente sustentável.
Entre as ações educativas promovidas pela entidade estão o ciclo de documentários sobre o meio ambiente entre outros eventos.