Os candidatos que esperam pelos concursos da Receita Federal, Polícia Federal e Polícia Rodoviária Federal devem ficar atentos.Os três órgãos têm previsão de lançar até agosto os editais para um total de 2,5 mil vagas.

Receita Federal

Para a Receita Federal, foram

autorizadas 1.150 vagas de nível superior com salário de até R$ 13 mil. A assessoria de imprensa confirmou que o órgão prevê que o edital saia em agosto.

Das vagas, 450 são de auditor fiscal, cujo salário é atualmente é R$ 12.535,36, e passará para R$ 13.067,00 a partir de junho deste ano. Outras 700 vagas são de analista tributário, com subsídio atual de R$ 7.095,53, e que passará para R$ 7.624,56 a partir de junho.

O último concurso para os dois cargos foi realizado em 2005, organizado pela Escola de Administração Fazendária (Esaf), ligada ao Ministério da Fazenda.

De acordo com o Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal (Unafisco), o concurso deve ser direcionado para atender a demanda de auditores das regiões Sul e Norte do país.

Polícia Federal

A Polícia Federal escolheu o Centro de Seleção e de Promoção de Eventos da
Universidade de Brasília (Cespe/UnB) para organizar o concurso público para 600 vagas que foram autorizadas pelo Ministério do Planejamento. O órgão espera lançar o edital até agosto.

De acordo com a assessoria de imprensa da PF, as vagas serão para os estados que integram a Amazônia Legal: Amazonas, Acre, Amapá, Roraima, Rondônia, Maranhão, Pará, Mato Grosso e Tocantins.

São 400 vagas de escrivão e 200 de agente, cujo salário inicial é de R$ 7.514,33. Já o salário final é de R$ 11.879,08. Os cargos exigem nível superior em qualquer área. Os candidatos deverão ter ainda carteira de habilitação B.

De acordo com a assessoria, o conteúdo das provas será diferente para cada cargo, ao contrário do que ocorreu no concurso anterior, em 2004, que era igual para ambos. Na ocasião, o concurso também foi organizado pelo Cespe/UnB.

PRF

Para a Polícia Rodoviária Federal são 750 vagas de agente. O edital do concurso público não poderá prever vagas para os estados do Pará e Mato Grosso em razão do concurso ocorrido no ano passado para 340 vagas. No entanto, a PRF não divulgou para quais estados serão destinadas as 750 vagas, cujo edital está previsto para sair até a primeira quinzena de agosto.

O cargo exigirá nível superior de escolaridade, e não mais nível médio, conforme lei sancionada no ano passado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Na mesma lei foi mudada a denominação do cargo – o policial rodoviário federal passou a ser chamado de agente.

A remuneração inicial prevista é de R$ 5.620,12. O último concurso para o cargo foi lançado no ano passado. Organizado pelo Cespe/UnB, foi o último concurso a pedir nível médio de escolaridade.

Dicas de especialistas

Para Sylvio Motta, professor da Escola da Magistratura do Estado do Rio de Janeiro e diretor do cursinho preparatório Companhia dos Módulos, e Fábio Gonçalves, diretor do curso preparatório Academia do Concurso Público, os interessados em entrar na área de segurança podem prestar tanto o concurso da Polícia Federal quanto da Polícia Rodoviária Federal.

De acordo com Motta, as disciplinas são similares. A diferença é que as questões da prova da PF têm mais aprofundamento e no exame da PRF é cobrada legislação de trânsito. “Por isso é mais fácil para quem já está se preparando para o concurso da PF se arriscar a fazer o da PRF também”, diz Motta.

Para Fabio Gonçalves, os candidatos devem direcionar os estudos para a Polícia Federal, tanto para escrivão quanto para agente, pois as disciplinas são similares, e complementar os estudos para a PRF não só com código de trânsito, mas também com matemática para disputar o da PRF.

“O candidato pode prestar para os três cargos, pois na PF as provas para agente e escrivão são em horários distintos”, diz Gonçalves.

De acordo com Motta, como o cargo de policial rodoviário agora exige nível superior, ele não recomenda que o candidato estude pelas provas anteriores da PRF. “É melhor pegar os exames para cargos de segurança que exigem nível superior ou pelas provas da Polícia Federal”, diz.

Ele explica que por mudado o nível de escolaridade, as disciplinas deverão ser as mesmas, mas o conteúdo programático deverá ser mais abrangente e as questões deverão ser mais elaboradas.