O dólar comercial fechou em alta nesta sexta-feira (14), com os investidores demonstrando a aversão ao risco depois da divulgação de dados pouco animadores sobre a economia dos EUA. Com isso, a moeda americana terminou o dia cotada a R$ 1,853, com alta de 1,03%.
Na semana, o dólar comercial acumulou alta de 1,7% em relação ao fechamento da sexta-feira da semana passada (7), quando a divisão dos Estados Unidos fechou valendo R$ 1,822. No âmbito global, o dólar também ganhou espaço frente a uma série de moedas.
Os preços ao consumidor não surpreenderam e mostraram estabilidade, enquanto a produção industrial do país registrou alta de 0,5% em julho, pouco melhor que as expectativas.
A confiança do consumidor ficou pior que o esperado no início de agosto e fez as bolsas de valores norte-americanas aprofundarem a queda, o que foi acompanhado pela Bovespa. Mais cedo, um anúncio de suspensão da produção pela Boeing já pressionava os índices dos EUA.
Análise
Nesse contexto de aumento da aversão ao risco, os investidores estrangeiros aproveitaram para embolsar parte dos ganhos e realizar remessas. Essa saída de recursos no segmento financeiro ajudou a pressionar ainda mais as cotações do dólar, segundo profissionais do mercado.
Um operador de um importante banco nacional citou que exportadores fizeram algumas vendas no mercado, diante da alta da divisa norte-americana. Os ingressos de dólares advindos dessas operações, contudo, não foram suficientes para neutralizar a saída vista no setor financeiro.
“O comportamento do dólar hoje esteve muito ligado às bolsas internacionais. O tom negativo contribuiu para uma corrida por dólares”, avaliou o gerente da mesa financeira da Hencorp Commcor Corretora, Rodrigo Nassar.