O período de inverno é considerado período interepidemico para dengue, embora em diversas regiões ainda se mantenha transmissão da doença. É um período em que a infestação do mosquito Aedes aegypti torna-se menor e é quando as equipes municipais têm maior tempo para desenvolver ações educativas com os moradores, visando fazer com que os mesmos adquiram o hábito de tomar medidas preventivas nos imóveis sob sua responsabilidade e também resolver nos imóveis problemas que demandam maior tempo, como por exemplo, vedar adequadamente caixas d’água, nivelar calhas e lajes, substituir pratos de plantas por justapostos etc.

Na região abrangida pela DRS XI – Presidente Prudente estão sendo realizadas reuniões desde o mês de junho para elaboração de um Plano de Intensificação das ações de combate à dengue nesse período em cada município e nessas reuniões também foram propostas algumas ações de âmbito regional.

Uma das dificuldades relatadas pela maioria dos municípios é a falta de adesão dos moradores às orientações repassadas pelos agentes nas visitas de casa-a-casa. Buscando melhorar a forma de abordagem nas orientações, ficou definido que seriam realizadas capacitações a todos os Agentes Comunitários de Saúde e de Controle de Vetores da região, sob responsabilidade da Sucen. Essas capacitações foram programadas em dois momentos: um dia teórico e um dia para prática de campo.

Em Junqueirópolis, foi realizada no dia 13, a capacitação teórica e as equipes da Sucen virão ao município por mais cinco dias, um dia em cada PSF para as atividades de campo.

As visitas de controle da dengue devem ser realizadas periodicamente em cada imóvel do município e os moradores têm a responsabilidade de seguir as orientações feitas pelos agentes, bem como acompanhá-los durante a vistoria. É importante ressaltar que os recipientes que acumulam água e podem servir de criadouros do mosquito da dengue podem estar tanto no quintal como dentro de casa, por isso, o agente necessita vistoriar o imóvel por completo. Não são só os pratos de planta que podem estar dentro de casa, servindo como criadouros, há também bandejas de geladeira, ralos, plantas para criar raízes entre outros. O agente tem o olhar treinado para descobrir esses recipientes. O responsável pelo imóvel deve acompanhar o Agente durante toda a vistoria para receber orientações, pois, é ele quem vai cuidar do imóvel durante o ano todo e entre uma visita e outra do agente, podem nascer várias gerações de mosquitos.

As pessoas precisam ter conhecimento de uma realidade: um bom médico salva vidas de quem adoeceu, um bom Agente pode evitar que muitas pessoas adoeçam. Vamos pensar: se em uma visita foi eliminado o local aonde iria se criar exatamente aquele mosquito que iria contaminar várias pessoas, essas pessoas foram salvas por um só Agente. Então, nunca podemos pensar que ele apenas está em nosso imóvel procurando “latinhas e pratos de plantas” ele está protegendo nossa saúde, esse é motivo pelo qual a visita tem que ser considerada um momento único para receber orientações.