O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) detectou desmatamento de 578,6 km² da floresta amazônica no mês de junho. A área equivale a cerca de metade do município do Rio de Janeiro. Os dados foram divulgados nesta terça-feira (4).

Em comparação a junho do ano passado, quando o instituto detectou devastação de 870 km², houve redução de 33%. Em maio deste ano, haviam sido detectados 123,73 km².

Como ressalta o Inpe, uma comparação entre meses subsequentes não pode ser feita de forma precisa pois, com o Sistema de Detecção de Desmatamento em Tempo Real (Deter), a cobertura de nuvens sempre impede que parte da região seja monitorada pelas imagens de satélite.

Em junho, não mais que 57% da Amazônia Legal puderam ser analisados pelo Inpe por causa disso. Estados como o Amapá, Amazonas e Roraima não puderam ser monitorados adequadamente, pois apresentaram um alto índice de cobertura, de 96%, 70% e 94%, respectivamente.

O estado de Mato Grosso foi o que apresentou melhor possibilidade de observação (100%). Contudo, o estado do Pará, que pela primeira vez em 2009 apresentou pouco mais da metade de sua área (51%) livre de cobertura de nuvens, foi o que apresentou a maior área de alertas de desmatamento. Nestes estados foram detectados respectivamente 181 km² e 330 km² de desflorestamento.

Deter

O sistema Deter identifica apenas focos de devastação com área maior que 2.500 m². Para o cálculo das áreas desmatadas, são consideradas tanto as matas que foram completamente destruídas – que sofreram o chamado ‘corte raso’ – quanto os locais em que houve degradação parcial da floresta.