Os profissionais do overclock -técnica de acelerar o hardware de um computador para deixá-lo mais potente- não se contentam apenas em realizar mudanças de parâmetros ou controles internos da CPU. As modificações são mais radicais e atingem diversos componentes, como a placa-mãe ou a de vídeo, por exemplo.

Soldas, implantação de resistores e potenciômetros são algumas das técnicas utilizadas. Aqui, o cuidado com a refrigeração é muito maior, já que o maior problema do overclock é o super-aquecimento.

Sistemas de refrigeração líquida, como a imersão em óleo mineral, phase changes (refrigeração a gás), dry ice (gelo seco), nitrogênio e hélio líquidos são exemplos de como deixar o computador mais frio. Para se ter uma ideia, a temperatura do gelo seco chega a -78,5ºC, enquanto que o nitrogênio atinge -196ºC.

Campeonatos

Os resultados são obtidos por meio de programas de benchmark e as competições são padronizadas. Os equipamentos e softwares de validação, como o CPUZ e o Superpi, que fazem processamento 2D, e o Aquamark e 3Dmark, que analisam gráficos 3D, são os mesmos para todos os competidores.

“O que não é padronizado é o nível de apoio. Enquanto estamos esperando uma unidade idêntica ao equipamento que será utilizado na final do Master Overclocking Arena (MOA), as equipes do exterior contam com várias unidades para testes e modificações”, afirmou Ronaldo Buassali, representante do Brasil na final do Mundial da China, que será realizada no dia 29 de agosto.

Enquanto o apoio não chega, vontade é o que sobra. “Será extremamente difícil vencer a final, mas se depender de dedicação para isso, garantimos que não vai faltar”, concluiu.