Censo divulgado nesta quarta-feira (23) pelo Ministério da Educação mostra que houve uma redução de 2,3% no número de matrículas no ensino básico nas instituições públicas e particulares. De acordo com o ministério, existem 52.099.832 alunos inscritos na creche, pré-escola, ensinos fundamental e médio e educações especial, de jovens e adultos e profissional. Os números são preliminares.
Quando o recorte é feito por áreas, os dados mostram que a maior queda aconteceu no ensino de jovens e adultos (-7,7%), seguida pela pré-escola (-3,5%) e pelos anos iniciais do ensino fundamental (-2,8%). O número de crianças matriculadas na creche aumentou (6%). Os números mostram também que há 194.546 estabelecimentos de ensino em funcionamento.
O censo da educação é importante para calcular os recursos que a escola vai receber do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb) no ano que vem. As redes de ensino têm 30 dias para contestar os dados. Assim, o número de matrículas pode aumentar ou mesmo diminuir. Depois disso, o censo definitivo será divulgado.
Segundo o ministro da Educação, Fernando Haddad, o número menor de matrículas não significa que haja menos crianças na escola. “É um ajuste do censo que vem de ano a ano. Houve um ajuste da metodologia do Inep [Insituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais], evitando a dupla contagem. A queda na matrícula pode se dar por diminuição de nascimentos, correção de fluxo [diminuição da repetência, por exemplo] ou por evasão, que não está ocorrendo, até 2008. A Pnad dá a proporção de crianças fora da escola, porque é feita um ano antes”, afirmou.
O ministro citou, como exemplo, o fato de uma mãe matricular a criança em duas escolas para garantir a vaga. Segundo ele, a metodologia do Inep exclui esses casos.
