A Penitenciária Compacta de Dracena ganhou o prêmio em “Qualidade nas ações de controle da tuberculose” 2009, conferido pela Divisão de Tuberculose do Centro de Vigilância Epidemiológica da Secretaria da Saúde do Estado de São Paulo.
Alexsander Galheira Dias, enfermeiro responsável pelo programa na penitenciária, recebeu o prêmio no último dia 22, durante o Fórum Estadual de Tuberculose, realizado no Centro de Convenções Rebouças, em São Paulo. O prêmio é um reconhecimento às ações de controle da tuberculose.
Entre os critérios avaliados estão metas de cura acima de 85% dos casos da doença; no ano de 2008, total acima de 18 casos; medicação comprovadamente supervisionada; alimentação correta do programa on-line de controle da tuberculose; acompanhamento do preso após sair da unidade; atividades complementares e alimentação diferenciada.
Na penitenciária de Dracena também é desenvolvido um trabalho de prevenção à doença com o envolvimento de todos que atuam na unidade prisional, daí a indicação ao prêmio. Atualmente, dos mais de 1.100 presos da unidade, apenas quatro passam por tratamento da tuberculose. Das 140 unidades prisionais do Estado, somente 14 foram premiadas, entre elas, a de Dracena, Junqueirópolis e Flórida Paulista, na região de Presidente Prudente.
SAIBA – A tuberculose (TB) é uma doença infecciosa que atinge principalmente os pulmões. Ela existe desde a antiguidade e até em múmias do antigo Egito foram encontradas lesões características da TB. Mas só em 1882 o médico alemão Robert Koch conseguiu identificar o tipo de micróbio que causa esta doença. O micróbio responsável pela tuberculose é uma bactéria em forma de pequenos bastões. Seu nome científico é Mycobacterium tuberculosis, mas popularmente, é conhecida e chamada de Bacilo de Koch (B.K.), em homenagem ao seu descobridor.
Na maioria dos casos, as lesões da TB se localizam nos pulmões, mas a doença também pode ocorrer nos gânglios, rins, ossos, meninges ou outros locais do organismo. Quando o doente tosse, fala ou espirra ele espalha no ar gotas pequenas, mas muito pequenas mesmo com o micróbio da TB. Aí, uma pessoa com boa saúde, que respire este ar, pode levar este micróbio para o seu pulmão. É assim que acontece o contágio: o micróbio da TB (bacilo de Koch) penetra no organismo das pessoas pela respiração. Portanto, a tuberculose não se transmite pelo sexo, pelo sangue contaminado, pelo beijo, pelo copo, pelos talheres, pela roupa, pelo colchão, mas sim pelo ar. Para prevenir a TB é importante melhorar as condições de habitação para diminuir a chance do contágio. Se há muitas pessoas dormindo no mesmo quarto, em casas mal ventiladas e onde não bate sol, o risco de contágio é muito maior. Há também medidas de proteção individual, como a vacinação com BCG e a prevenção com remédio, que se chama quimioprofilaxia. A vacina BCG é aplicada no primeiro mês de vida e é capaz de prevenir as formas mais graves da doença, nas crianças.
A quimioprofilaxia, que consiste em tomar remédios por seis meses, está indicada para algumas pessoas que não estão doentes, mas que apresentam um grande risco de adoecer. É sempre indicada por um profissional de saúde, depois de uma consulta.