Em menos de 24 horas, a greve nacional dos bancários ganhou força e paralisou o atendimento ao público nas agências da Caixa Econômica Federal (CEF), Nossa Caixa e Banco do Brasil, em Dracena. A greve que na segunda-feira suspendeu as atividades na CEF ontem, cresceu com a adesão dos funcionários da Nossa Caixa e do Banco do Brasil.

O advogado Milton Cangussu de Lima, vice-presidente da subsede do Sindicato dos Bancários de Tupã, na cidade, afirmou que a adesão de ontem mostra que o movimento avançou muito desde segunda-feira, quando apenas uma agência estava parada. Cangussu entende que a greve nas três agências representa 50% do total de bancários em Dracena.

De acordo com nota do sindicato, o crescimento da adesão à greve levou a Fenaban a agendar negociação para amanhã às 10h. Até lá, os bancários aguardam nova proposta de braços cruzados. A expectativa da categoria é que seja apresentada proposta que atenda as reivindicações.

A classe busca aumento real de salários, reposição da inflação, aumento real de 5%, garantia de emprego em caso de fusões que geram insegurança, fim das metas abusivas e do assédio moral, manutenção de todas as conquistas, auxílio educação e a PLR.

Os banqueiros oferecem aos bancários 4,5% de reposição, que segundo o sindicato da categoria repõe apenas a inflação. Em Dracena, a opção para os clientes das agências em greve são os serviços alternativos tais como a internet, o telefone, o auto-atendimento (caixas eletrônicos), correspondentes bancários e as casas lotéricas.

Antonio Ruano Junior, gerente geral do Banco do Brasil de Dracena, disse ontem à tarde, que somente a agência está sem condições de atendimento devido a greve, mas os clientes podem utilizar os caixas 24 horas para depósitos, retirada de talão, pagamento de contas e ainda dispõe de vários pontos de atendimento na cidade.

Ele garante que o abastecimento nos serviços disponíveis está normal e não corre risco de faltar dinheiro e lembrou que a central do banco tem o telefone a disposição do cliente.

ASSEMBLEIA – No final da tarde de ontem, os bancários de Dracena e região se reuniram em assembleia, na sede da AABB. Na oportunidade, os diretores sindicais Milton Cangussu de Lima, Valter Trevisan e Maria Lucia Miola informaram a categoria sobre os rumos do movimento e definiria a pauta de trabalho para hoje.

A intenção do sindicato é que a partir de hoje os demais bancários se conscientizem da importância do movimento, e, sendo assim, a greve atinja 100% das agências bancárias de Dracena e região.

Valter Trevisan, diretor sindical, afirmou que na região de Adamantina, 14 agências estão paradas e hoje de manhã, o movimento estará em todas as agências bancárias antes de começar o expediente em busca de aumentar ainda mais adesão a greve.

Milton Cangussu de Lima ressaltou que a greve ganhou força em todo o Brasil e também em Dracena e na região, e, por isso, os bancários devem ficar parados pelo menos até sexta-feira dependendo da mesa de negociação prevista para amanhã.