O número de mortos pela gripe suína, denominada oficialmente gripe A (H1N1), chegou a 5.700 em todo o mundo, segundo o novo balanço divulgado nesta sexta-feira pela OMS (Organização Mundial da Saúde). O novo saldo mostra um aumento de 14% no número de casos em apenas uma semana e preocupa diante da chegada do inverno no hemisfério Norte.
O balanço anterior da OMS indicava 5.000 mortos em 195 países e territórios desde a aparição do novo vírus H1N1, em março deste ano.
Ainda segundo a organização, o continente americano continua sendo o mais atingido –com 4.175 mortos, um aumento de 636 casos em uma semana.
A região Ásia-Pacífico teve 1.070 mortos, em comparação com os 211 mortos na Europa.
A OMS aproveitou ainda o balanço para ressaltar que as vacinas contra a gripe suína disponibilizadas são seguras e podem ser administradas em mulheres grávidas.
A diretora de Pesquisas de Vacinas da OMS, Marie-Paule Kieny, disse que o grupo de especialistas da organização comprovou a segurança das vacinas produzidas por diferentes laboratórios e sob diferentes métodos.
“Todos os relatórios mostram que o protocolo de segurança é bom, muito similar ao da vacina para a gripe estacional. E não há nada especial sobre efeitos adversos”, disse a especialista, em entrevista a jornalistas.
A declaração vem no mesmo dia em que a Swissmedic, autoridade suíça de regulação dos medicamentos, declarou que a vacina Pandemrix criada pelo laboratório britânico GlaxoSmithKline não poderá ser utilizada nas mulheres grávidas, nos menores de 18 anos e nos adultos acima de 60 anos.
A Comissão Europeia aprovou no fim de setembro, por recomendação da Agência Europeia de Medicamento (Emea), o uso da Pandemrix para combater a pandemia de gripe A (H1N1) nos 27 países do bloco, além de Islândia, Liechtenstein e Noruega.
A incerteza foi provocada pelo medicamento coadjuvante AS03 utilizado para a vacina da GlaxoSmithKline.
Dose única
Kieny afirmou ainda que os estudos do grupo indicam que uma dose da vacina será suficiente para imunizar adultos, ao contrário do divulgado anteriormente.
A dose única da vacina permite que mais pessoas sejam imunizadas com os primeiros lotes da fórmula, que não são suficientes para garantir a proteção de toda a população.
O grupo ressaltou, contudo, que mais estudos são necessários para crianças com idades entre seis meses e dez anos.