A torcida para uma realização de lucros é grande, mas a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) teima em não dar sinais de fraqueza. O índice Bovespa (Ibovespa) abriu em alta e, às 11h08, subia 0,77%, aos 69.142 pontos, numa manhã positiva nas bolsas internacionais. O mercado acionário nos Estados Unidos e na Europa reage ao noticiário favorável, enquanto espera os indicadores norte-americanos na véspera da divulgação dos dados do mercado de trabalho (payroll). O payroll pode ser a senha para a Bovespa realizar lucros ou recuperar os 70 mil pontos. O otimismo nas bolsas norte-americanas é alimentado hoje pelo anúncio do Bank of America de que vai devolver US$ 45 bilhões, fundos tomados do governo federal durante a crise, para escapar de restrições impostas pela administração norte-americana. No horário citado, o S&P 500 subia 0,38% e o Nasdaq futuro avançava 0,24%.
Para que o bom humor se mantenha, os indicadores nos EUA previstos para hoje precisam apontar para uma melhora consistente da economia. Entres os dados que têm potencial para influenciar as cotações estão os pedidos de auxílio-desemprego, os números revisados da produtividade do trabalhador e o dado sobre o setor de serviços.
Na Europa, as bolsas seguem em alta, aguardando a entrevista do presidente do Banco Central Europeu, Jean-Claude Trichet, após o BCE ter mantido inalterada em 1% a taxa de juros, conforme era amplamente esperado. Há a expectativa de que Trichet possa dar alguma sinalização para sua estratégia de saída das medidas emergenciais adotadas na crise.
O noticiário corporativo também ajuda a animar a manhã nas bolsas. A montadora francesa Peugeot-Citröen e a japonesa Mitsubishi Motors confirmaram que estão em conversas sobre a possível extensão de seu relacionamento e a criação de uma parceria estratégica. O mercado de petróleo vive uma manhã de recuperação técnica, repondo parte das perdas de ontem (2,26%). O ouro, por sua vez, bateu novo recorde logo cedo. Mas os demais metais passam por ligeira realização de lucros.