São três veteranos produtores, Dino Psaras, Shanti e Dado, donos das máscaras cromadas que chamam atenção durante os shows. Mas não é apenas por serem três DJs dividindo o mesmo palco, nem pelo fato de usarem adornos carnavalescos nos lives que fez do Krome Angels uma das principais atrações de festas no Brasil nos últimos dois anos (eles vão fechar 2009 com mais de 10 apresentações no país).
Respeitando o estilo individual de cada um, o processo criativo do Krome Angels foi muito bem executado até agora. As produções realmente fogem do psytrance convencional, embora seja este o rótulo dado pelo Psyshop para o álbum de estreia “Modern Day Classics”. Entre grooves dançantes e kicks que empolgam, quatro ingredientes dão o sentido para a proposta do Krome Angels: electro, breakbeat, techno e house. O resultado? Electro Psy, diriam os colegas da Revista Chaishop.
“Acho que o que tentamos atingir no começo está finalmente se solidificando, para fazermos algo diferente musical e visualmente”, revela Dino (à esquerda na foto abaixo) ao Psyte. Leia a entrevista com o inglês, que está cena desde os 15 anos.
“Modern Day Classics” foi considerado um CD que repaginou o estilo de cada um de vocês, pelas diversas vertentes que ouvimos no álbum. Na opinião de vocês, o futuro do psytrance é agregar cada vez mais novas influências?
Dino Psaras – No começo do que hoje chamam de psytrance, nós fazíamos música que originalmente era de 130 a 135 bpm no máximo e a influência era de techno, newbeat, rave e house. Com o passar dos anos, o psytrance foi recebendo, na minha opinião, uma pitada de uma mistura de cerca de dez projetos diferentes, o que é triste mas é a verdade.
Em 1992, eu costumava tocar nas mesmas raves em Paris e na Alemanha na mesma pista de dança que Sven Vath, Richie Hawtin, Robert Linear e a música que nós tocávamos não era tão diferente. Depois, os produtores começaram a fazer algumas tracks mais rápidas, cortando mais baixos e mais kicks fortes, até que todos passaram a ter quase o mesmo estilo.
Cada faixa deve ter sua própria identidade, com house, techno e o que mais quer que deva se fundir de forma que se torne bacana. Por isto, estou contente pelo que o Krome Angels vem fazendo, pela música ter sido tirada da caixinha em que esteve por tanto tempo.
Há boatos que vocês lançarão um novo CD já em 2010, além de outro só com os principais hits dos álbuns lançados. Isso é verdade?
Dino Psaras – Sim, estamos quase terminando agora, mas vamos primeiro lançar muitos singles do álbum do nosso novo label kromepressings. Depois, lançaremos o álbum dos singles. Em tempos de downloads, consideramos importante lançar vários singles para mantermos nosso nome no Beatport, iTunes etc. Isto é importante hoje em dia.
Onde está o maior público de psytrance atualmente?
Dino Psaras – Tenho certeza de que o Brasil ainda é o primeiro, mas no México pode ser enorme também e alguns grandes eventos na Europa, só que não com a mesma regularidade que vemos no Brasil.
Não poderia deixar de comentar sobre as máscaras, que são dão um tom bem artístico às apresentações. Aliás, como é o relacionamento de vocês com o Deadmau5 e o Boris Brejcha?!
Dino Psaras – Gosto muito da música deles e no que diz respeito àquela coisa que eles usam, acredito que as grandes mentes pensam da mesma forma (risos)!