Utilizar fatias de limão para dar um toque especial em águas, refrigerantes ou bebidas alcoólicas pode ser perigoso. O hábito, que é comum em restaurantes, bares, e em algumas residências, com o objetivo de acrescentar um sabor cítrico à bebida, pode causar algumas doenças.

O problema não está na fruta, mas na forma como ela é usada, já que na maioria das vezes não recebe a higiene necessária antes do consumo. “A casca do limão pode estar contaminada com bactérias que podem provocar, direta ou indiretamente, algumas doenças”, alerta Durval Ribas Filho, médico nutrólogo e presidente da Associação Brasileira de Nutrologia (Abran).

O médico assinala que é comum que a casca do limão esteja infectada com coliformes fecais, e possivelmente também com salmonelas. A presença de parasitas intestinais, segundo ele, pode acarretar em verminoses intestinais e, consequentemente, desencadear doenças gastrointestinais, como quadros de diarréia aguda ou crônica.

“Devido a essas possibilidades de contaminação, não recomendamos o limão fatiado, e sim o suco”, aconselha o médico. Ele ainda explica que, caso o uso da fruta em forma de suco não seja possível, o ideal é descascá-la, lavando sempre as mãos, para que a fruta sem casca não acabe infectada. Se for necessário utilizar o limão com a casca, então é preciso lavar bem a fruta antes do consumo.

SOBRE A ABRAN – A ABRAN é uma entidade médica científica reconhecida pelo Conselho Federal de Medicina. Fundada em 1973, dedica-se ao estudo de nutrientes dos alimentos, decisivos na prevenção, no diagnóstico e no tratamento da maior parte das doenças que afetam o ser humano, a maior parte de origem nutricional. Reúne 3.200 associados, entre médicos nutrólogos, cientistas, pesquisadores e profissionais na área de nutrição, que atuam no desenvolvimento e atualização científica em prol do bem estar nutricional, físico, social e mental da população.

Para contribuir ainda mais com a manutenção da saúde da sociedade brasileira, a Associação criou o Selo de Aprovação ABRAN, que atende às exigências do consumidor com relação à qualidade e segurança dos alimentos. Somente recebem o Selo de Aprovação ABRAN produtos que foram submetidos a critérios rigorosos de aprovação, encontrando-se de acordo com protocolos estabelecidos pelo Ministério da Saúde e Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e pelo Ministério de Estado da Agricultura.