Quando o árbitro Wilson Luiz Seneme apitar o inicio do clássico entre Palmeiras e Corinthians, hoje, no Pacaembu, às 17 horas, o tira-teima entre os rivais irá começar. Mais do que definir o líder do Paulistão após a quinta rodada, o jogo proporcionará os primeiros passos rumo à supremacia de um dos lados ao longo desta década.

Isto porque, desde 2001, foram disputadas 21 partidas entre os clubes, e o equilíbrio é compatível com a relevância do dérbi: sete vitórias para cada lado e sete empates.
A única vantagem do embate desde o início do século é a quantidade de gols marcados. O Verdão leva a melhor, 29 contra 26 do Timão.

A partida será a primeira das três já agendadas para 2010, ano do centenário do Alvinegro, o que acirra ainda mais a disputa. Além desta, duas estão garantidas pelo Brasileirão, e a somatória poderá ser maior, caso os times se enfrentem na semifinal ou na decisão do Campeonato Estadual.

No retrospecto geral do confronto, o Alviverde também tem superioridade. Acumula 120 triunfos, ante 111 do Corinthians e 99 igualdades.

A projeção para este ano, segundo intenção anunciada pelas diretorias na última sexta-feira, é que o Pacaembu seja o palco de todos os clássicos entre Corinthians e Palmeiras nesta temporada. Assim, depois de Presidente Prudente hospedar as partidas no ano passado, o estádio Municipal de São Paulo volta a receber o clássico passados dez anos.

As forças até aqui, na década, se equivalem. O Palmeiras ostenta uma invencibilidade de sete jogos sem perder para o Corinthians. Desde 2006, quando foi derrotado pela última vez, o Verdão venceu o rival cinco vezes e empatou outras duas.

E caso não perca para o adversário nos jogos desta temporada, irá igualar a maior série invicta do Timão no confronto em toda a História.

Com os três jogos marcados para 2010, um pelo Paulistão e dois pelo Campeonato Brasileiro, a invencibilidade do Verdão pode chegar aos dez jogos seguidos, número que o Corinthians alcançou em duas oportunidades.

Entre 1948 e 1951, o Timão venceu sete vezes e empatou três. A outra sequência aconteceu entre 1952 e 1954, e os números são exatamente os mesmos da anterior.

Por outro lado, o Palmeiras é o dono da maior série invicta da História do confronto. Quando ainda se chamava Palestra Itália, o Alviverde ficou 12 jogos seguidos sem perder para o rival. Entre 1930 e 1934, foram onze vitórias e apenas um empate.

Caso as duas equipes se enfrentem na fase final do Campeonato Paulista, farão cinco jogos no ano e o Verdão terá a oportunidade de igualar o recorde do duelo.

Já para o Timão, nada melhor do que iniciar a série de clássicos do ano mais importante da sua história quebrando um tabu de mais três anos.

Pelo lado do Corinthians, o técnico Mano Menezes não deverá contar com Ronaldo, caberá a Iarley fazer a função de centroavante. O meia Danilo é outra um dúvida. Para jogar ao lado de Iarley, o treinador tem como opções Dentinho e Defederico. O último, aliás, ocupou o lugar do meia Danilo durante o treinamento coletivo de sexta-feira, já Jucilei entrou no lugar de Elias. Tcheco e Jorge Henrique devem ser os encarregados da armação das jogadas. Mano Menezes fez ainda outras três alterações em relação à equipe que empatou por 1 a 1 com o Mirassol. O zagueiro Chicão, o lateral-esquerdo Roberto Carlos e o volante Ralf entram nos lugares de Paulo André, Escudero e Marcelo Mattos, respectivamente. O Corinthians deve começar a partida com: Felipe, Alessandro, Chicão, William e Roberto Carlos; Ralf, Elias, Tcheco e Danilo (Defederico ou Dentinho); Jorge Henrique e Iarley. Outro destaque fica por conta de Roberto Carlos, que deverá enfrentar seu ex-clube pela primeira vez.

Pelo lado do Palmeiras Marcos está liberado pelo departamento médico, apesar de ter levado um susto no treino de sexta. O goleiro se recuperou de um microlesão no tornozelo esquerdo, problema que o tirou da partida contra o Monte Azul, e trabalhou com o preparador Cantarelle na Academia. Os médicos liberaram o jogador para o clássico contra o Corinthians. Marcos fez todos os movimentos, chutou, correu, saltou e fez defesas. Ao defender um chute, ele sentiu o punho esquerdo. O treinou parou e foi reiniciado minutos depois. O ídolo voltou a sentir e a atividade foi encerrada. Apesar do susto, nada de grave aconteceu. O goleiro usou gelo no local por precaução. Muricy viu o treino de perto e ficou animado com a recuperação. Diego Souza e Léo, com problemas musculares na coxa direito, fizeram o primeiro trabalho leve com bola na sexta-feira e Diego está à frente do zagueiro na recuperação.