O Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M), calculado pelo Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) da Fundação Getulio Vargas (FGV) e que serve de base para os reajustes de contratos de aluguel, teve alta de 0,51% na segunda prévia de janeiro.

No mesmo período de dezembro, a FGV havia apurado deflação de 0,18%. De acordo com o levantamento divulgado hoje (19), nos 12 meses fechados em janeiro (anualizado) o índice acumula queda de 0,79%.

O resultado da segunda leitura de janeiro foi influenciado pelas elevações observadas nos três índices que compõem a taxa global. O Índice de Preços por Atacado (IPA) subiu 0,44% depois de ter apresentado deflação de 0,38% um mês antes.

Houve aumento na taxa relativa aos bens finais (de -0,60% para 0,72%), com a contribuição de alimentos processados (de -1,46% para 2,02%). Os bens intermediários passaram de -0,26% para 0,36%), influenciados por materiais e componentes para a manufatura (de -0,29% para 0,38%).

A variação dos preços das matérias-primas brutas também foi positiva (de -0,27% para 0,15%), puxada por bovinos (de -2,26% de -0,11%), arroz (em grão) (de -3,90% para 5,02%) e leite in natura (-3,77% para -2,31%). No período houve redução em soja (em grão) (de -1,04% para -3,45%), laranja (de 11,61% para 0,41%) e minério de cobre (de -0,01% para -3,37%).

Outro componente do IGP-M, o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) subiu de forma mais intensa do que no mês anterior e passou de 0,19% para 0,74% neste levantamento. Dos sete grupos de despesas, cinco tiveram acréscimos, com destaque para alimentação, cuja taxa passou de -0,03% para 1,19%; e transportes (de 0,31% para 1,53%).

No primeiro grupo, as altas em hortaliças e legumes (de -1,22% para 3,65%) e em laticínios (-2,13% para 1,03%) influenciaram o resultado. Já em transportes, a maior pressão partiu de tarifa de ônibus urbano (de 0,00% para 2,79%).

Também subiram com mais vigor os preços de educação, leitura e recreação (de 0,34% para 0,85%); saúde e cuidados pessoais (de 0,16% para 0,28%) e habitação (de 0,20% para 0,23%). Em sentido oposto, houve decréscimo em vestuário (de 0,93% para 0,77%) e em despesas diversas (0,19% para 0,18%).

Último componente do IGP-M, o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) teve alta de 0,40%, acima da registrada no mês anterior (0,22%). A elevação foi puxada pelos materiais e equipamentos (de 0,23% para 0,36%) e pelo custo da mão de obra (de 0,21% para 0,44%).

Para calcular a segunda prévia de janeiro do IGP-M, a FGV coletou dados entre os dias 21 de dezembro e 10 de janeiro.